Blocos do “Minha Casa Minha Vida” são interditados para que obra comece

A Defesa Civil de São Pedro da Aldeia interditou nesta quarta-feira (03/04) o acesso dos blocos 04, 05 e 06 do empreendimento Pontal da Lagoa, do Programa Minha Casa Minha Vida, no bairro Poço do Fundo. Os 48 apartamentos já estão desocupados e todas as famílias estão recebendo o benefício de aluguel social, pago pela Caixa Econômica Federal (CEF). Com a saída de todos os moradores, o local está liberado para as intervenções necessárias.

De acordo com o diretor da Defesa Civil aldeense, Marcus Dothavio, a interdição dos três blocos foi necessária para uma maior margem de segurança. “Hoje nós estamos entregando a responsabilidade das edificações para execução da obra para a Caixa Econômica, que foi bem solícita disponibilizando o aluguel social. Todas as famílias estão realocadas e recebendo o benefício”, disse.

Os agentes da Defesa Civil que estiveram no empreendimento nesta quarta-feira desligaram a rede elétrica dos três blocos e isolaram o acesso. Em parceria com outras Secretarias Municipais, a Divisão aldeense agiu de forma preventiva desde o momento em que se constatou o risco de deslocamento do muro próximo aos blocos citados. O monitoramento diário, efetuado pelos agentes aldeenses para verificar a estabilidade do local, foi realizado de 20 de fevereiro até o dia 1º de abril. O deslocamento permaneceu estabilizado desde a primeira aferição, nenhuma alteração foi registrada nas medições.

“Viemos verificar a estabilidade e o deslocamento do muro todos os dias e as famílias se sentiram acolhidas, conversamos com cada um e elas foram muito solícitas. Para nós, que trabalhamos com Defesa Civil, essa é uma grande vitória, porque não queremos trabalhar em uma tragédia e aqui nós conseguimos evitar um possível desastre. São mais de 120 pessoas em 48 apartamentos e nós nos antecipamos e agimos de forma preventiva”, completou Marcus Dothavio.

Além de monitorar diariamente o espaço, diversas reuniões foram realizadas com os moradores e os agentes envolvidos, como a Caixa Econômica Federal, a Secretaria de Assistência Social e o Ministério Público, garantindo transparência nas ações e dando total suporte aos afetados pela interdição. O aluguel social, no valor de R$800, será pago até a finalização das obras e o retorno das famílias para os apartamentos.

A Caixa Econômica Federal é o responsável financeiro pela construção do empreendimento, incluindo a contratação da empresa e a fiscalização das obras, e pela realização de todas as intervenções que forem necessárias. O prazo para realização da obra será dado após um estudo da necessidade do empreendimento. A empresa Prisma Gestão de Segurança e Serviços foi contratada pela CEF para resguardar os locais interditados.

Em fevereiro, os moradores dos blocos interditados participaram de um treinamento rápido, que teve como objetivo orientar sobre estratégias de evacuação. Outra medida preventiva adotada pela Defesa Civil foi a formação de um grupo, em um aplicativo de mensagens, para o compartilhamento de alertas e medidas preventivas, possibilitando mais um canal de comunicação direta com os agentes.

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