Ex-chefe da FAB acusa Ciro Nogueira de agredir as Forças Armadas


Baptista Júnior fez toda sua carreira na Aeronáutica
Reprodução/Twitter

Baptista Júnior fez toda sua carreira na Aeronáutica

O embate político ganhou mais um capítulo nesta segunda-feira (18), quando o ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior, defendeu-se das acusações feitas pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI). As tensões surgiram a partir de depoimentos prestados para a Polícia Federal, nos quais o ex-ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro (PL-RJ) acusou o militar de mentir.

Ciro Nogueira, através das redes sociais, ironizou e questionou a veracidade dos depoimentos de Carlos Almeida Baptista Júnior e do ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, sobre um suposto plano de golpe de estado.

O senador colocou em dúvida a atuação dos chefes das Forças Militares diante da situação, provocando a seguinte questão: “Quer dizer que agora um chefe, dois chefes (?) de Forças Militares testemunham um Golpe de Estado e não fizeram nada?”.

Em resposta às críticas de Ciro Nogueira, o brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior afirmou que o senador estava agredindo as Forças Armadas ao questionar a integridade dos depoimentos prestados à Polícia Federal.

“Ao tentar apoio para as eleições de 2026, o senador Ciro Nogueira agride a instituição militar e demonstra desconhecer a LEI brasileira, que estabelece que a continência militar é devida às autoridades, não às pessoas”, declarou.

“Não há vergonha em se cumprir a lei, independente dos governos de turno, que há muito se merecem e se retroalimentam. A honra está na alma e nos exemplos, não no terno, na farda ou no pijama. Se é este o exemplo de um presidente de partido, pouca esperança resta na política”, concluiu.

O ex-comandante da Aeronáutica defendeu a veracidade das declarações feitas durante o inquérito e enfatizou a gravidade das informações apresentadas sobre possíveis planos de golpe de estado.

De acordo com o depoimento à PF, o general Marco Antônio Freire Gomes teria mencionado a possibilidade de dar voz de prisão ao então presidente Jair Bolsonaro,
caso este tentasse efetivar o plano de golpe.

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