Grito dos Excluídos, em São Sebastião, tem dois manifestantes presos pela polícia municipal


Sindicalistas acusam a polícia municipal de ter agido com truculência e usar gás de pimenta contra os manifestantes que protestavam pacificamente 

 

Dois manifestantes foram presos ela polícia municipal e levados para a delegacia de polícia civil de São Sebastião, na manhã deste sábado, dia 7, na manifestação do Grito dos Excluídos, promovido por sindicatos da cidade durante o desfile de 7 de setembro.

 

Os manifestantes, representando vários sindicatos, entre eles, o Sindserv(Sindicato dos Servidores Municipais de São Sebastião, Sindicato dos Petroleiros, dos Portuários e Coletivo Caiçara, portando faixas e cartazes, que se concentraram em frente à sede da Marinha do Brasil, pretendiam desfilar pela avenida após os desfile oficial, mas foram impedidos pela ação da Polícia Municipal de São Sebastião.

 

Os sindicalistas portavam cartazes cobrando mais empregos, melhores salários, moradias dignas e defesa das comunidades tradicionais (caiçaras, quilombolas e indígenas) e agiam pacificamente. Os agentes colocaram grades de ferro para impedir a passagem dos manifestantes após o desfile oficial.

 

Polícia Municipal impede passagem dos manifestantes após desfile cívico em São Sebastião

 

Em seguida, um batalhão da polícia municipal foi acionado e se posicionou em frente as grades impedindo que os manifestantes pudessem desfilar. Houve uma confusão e uso de gás de pimenta por parte da polícia municipal. Dois manifestantes foram detidos e encaminhados até a delegacia de polícia civil.  Foram detidos e levados para a delegacia, Nicoline, do Sindicato dos Petroleiros e Rodolfo, do Sindicato dos Portuários

 

Diretores do Sindserv foram até a delegacia e lamentaram a ação da polícia municipal durante a realização do Grito dos Excluídos. “Nossa manifestação foi pacífica, cobramos apenas nossos direitos. Lamentamos a ação truculenta da polícia municipal e a prisão dos manifestantes”, justificaram através de vídeo postados nas redes sociais diretores do Sindserv.

 

O Sindserv também se manifestou através uma nota oficial, repudiando a violência e ação truculenta e defende o livre direito de se expressar de todo o brasileiro. A Diretoria do Sindserv explicou que a tradição do GRITO dos EXCLUÍDOS é efetuar a passeata após o desfile cívico, mas não foi liberada a passagem dos manifestantes.

 

“Somos servidores, pais, mães, cidadãos, e não pretendemos nunca interferir no direito do outro, não precisava de tamanha truculência, violência, gás de pimenta, entre outros meios. Tentaram calar nossa voz e colocar a população contra a gente, sendo que como dirigentes sindicais só buscamos melhores condições de vida e trabalho”, afirmou a presidente do Sindserv, Angélica Garcia.

 

Segundo ela, neste 7 de setembro, completa 30 anos do GRITO dos EXCLUÍDOS e, em São Sebastião, sindicatos e movimentos sociais se uniram para a primeira edição do movimento em passeata após o desfile cívico na Rua da Praia de São Sebastião.” É um absurdo tamanha forma de repressão e coação da voz popular e da democracia. Não vão nos calar!”, afirmou Angélica Garcia.

 

Solicitamos uma nota sobre o ocorrido para a assessora de Imprensa da Prefeitura de São Sebastião. Estamos aguardando o posicionamento oficial da prefeitura. Extraoficialmente, a assessora postou nas redes sociais que “queriam invadir antes de acabar o desfile. Tinha criança pra desfilar”.

 

 



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