Mãe de copiloto de avião que caiu entre Paraty e Ubatuba grava vídeo e relata problemas iniciais nas buscas; veja na íntegra


RIO – A mãe do copiloto do avião que caiu em mar aberto entre Ubatuba (SP) e Paraty (RJ), com três pessoas, na noite desta quarta-feira, gravou um vídeo à TV Globo dizendo que soube do acidente às 21h10, e que as informações estavam desencontradas. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), destroços foram encontrados às 6h35 na área do acidente e há probabilidade de serem da aeronave desaparecida. As buscas continuam.

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“Ninguém sabia de nada. A gente ligou para a Capitania dos Portos, para vários órgãos, e só ia começar a busca agora pela manhã porque não era de jurisdição de um e de outro”, diz ela em vídeo gravado para a TV.

Segundo o que a mãe diz na gravação, o helicóptero que estava previsto para sair da base aérea em busca do avião às 3h da manhã, atrasou e saiu por volta das 4h20 porque apresentou pane no momento da saída.

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“A gente chegou aqui e vamos tentar alugar um barco para a gente ir onde está as coordenadas que nos falaram da queda”, relata.

O acidente

De acordo com informações preliminares, o avião bimotor estava a caminho do Rio de Janeiro quando caiu em mar aberto entre Ubatuba (SP) e Paraty (RJ), por volta das 21h de ontem, de acordo com o Corpo de Bombeiros.

As primeiras informações são de que três pessoas estavam na aeronave. O avião, modelo PA-34-220T, pertencia ao copiloto, identificado como José Porfírio de Brito Júnior, de 20 anos. A aeronave não poderia fazer táxi aéreo, mas tinha autorização para fazer voos noturnos privados. A vistoria estava em dia. Na manhã desta quarta-feira, o Centro de Coordenação de Salvamento Aeronáutico montou uma operação para tentar localizar as vítimas.

Avião bimotor não tinha autorização para fazer táxi aéreo
Avião bimotor não tinha autorização para fazer táxi aéreo Foto: Reprodução

Segundo o “Bom dia Rio”, da TV Globo, o voo saiu às 20h30 de Campinas, no interior de São Paulo, e pousaria no Aeroporto de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. No entanto, trinta minutos após decolar, caiu em mar aberto na divisa entre São Paulo e Rio. A Marinha, a Capitania dos Portos e a Defesa Civil de São Paulo ajudam nas buscas. O Corpo de Bombeiros do Rio afirmou que disponibilizou uma equipe para ajudar nas buscas.

Avião bimotor que estava a caminho do Rio de Janeiro caiu em mar aberto entre Ubatuba e Paraty
Avião bimotor que estava a caminho do Rio de Janeiro caiu em mar aberto entre Ubatuba e Paraty Foto: Reprodução/ redes sociais

Thalya Viana, namorada do copiloto, afirmou ao telejornal que o voo saiu do Rio por volta das 8h30 em direção à São Paulo e retornaria para a capital fluminense por volta das 18h30. No entanto, a decolagem atrasou e o trio só saiu da capital fluminense duas horas depois. Meia hora depois, a jovem disse que o avião desapareceu.

— Ele saiu do Aeroporto de Jacarepaguá, por volta das 8h30, com outras duas pessoas, e foram até São Paulo. Eles voltariam para cá às 18h, mas o avião atrasou e eles só saíram por volta das 20h30. Ele voava no avião de outra pessoa — destacou a jovem que completou: — Não temos nenhuma informação ainda. Estamos desde as 21h tentando alguma notícia. A primeira (notícia) foi que ele caiu. Mas depois (veio a notícia) que ele caiu e foi resgatado e depois ele teria feito um pouso forçado entre Ubatuba e Trindade e que eles tinham sido resgatados. Ligamos para todos os hospitais próximos, mas ele não deram entrada. A única coisa que queríamos era uma coordenada para procurar. A Capitania dos Portos não tinha barco. A gente quer buscar respostas — diz Thalya Viana.

Segundo a namorada de José, os pais do rapaz chegaram a alugar um barco por conta própria para fazer as buscas em alto mar.

— Por falta de informação, os pais dele alugaram um barco e estão procurando. enquanto eu e minha cunhada estamos tentando informações básicas. Ninguém sabe de nada. Ninguém sabe nos informar. O Corpo de Bombeiros só disse que iriam procurar hoje. Eles estão pousados desde ontem. Tentamos todos os órgãos e eles não ajudaram. O único órgão que ajudou foi os Bombeiros que ajudou com a coordenada mais ou menos onde poderiam estar. Mas as coordenadas eram de outro avião.

De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o Centro de Coordenação de Salvamento Aeronáutico de Curitiba (ARCC-CW), responsável pela área onde ocorreu o acidente, encontrou destroços com probabilidade de serem da aeronave desaparecida. A nota informa que a informação foi repassada para os órgãos de busca marítima e os voos continuam.





Fonte: G1