Os 4 anos e 6 meses de prisão para Daniel Alves, considerado culpado pelo estupro de uma jovem no fim de 2022 em Barcelona, abriram um debate sobre o tamanho da pena e o significado da condenação. As defesas do ex-jogador e da vítima anunciaram nesta quinta (22) que devem recorrer, para, respectivamente, tentar reduzir e ampliar o tempo de prisão.
O processo de Daniel Alves tem uma série de simbolismos na Espanha. Ele foi uma das primeiras figuras públicas condenadas dentro da lei Só Sim É Sim, que trata de crimes sexuais; e o caso jogou luz sobre o protocolo Não Calem, que ajudou a coletar as provas, consideradas robustas, de que o ex-jogador cometeu uma violência sexual.
Ao longo do processo, Daniel mudou de versão pelo menos cinco vezes —na última, falou em relação consensual e que estava embriagado. A defesa adotou a estratégia de pagar uma indenização à vítima para reduzir a pena. O ex-jogador poderá pedir uma progressão da pena para a liberdade condicional em pouco menos de dois anos.
O Café da Manhã desta sexta-feira (23) discute o que a condenação de Daniel Alves por estupro significa. A antropóloga Débora Diniz, professora da Universidade de Brasília, analisa o caldo de cultura que acompanha os casos de violência sexual e as respostas a eles.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelas jornalistas Magê Flores e Gabriela Mayer, com produção de Laila Mouallem, Carolina Moraes e Victor Lacombe e edição de som de Thomé Granemann.
