Fim de dupla invencibilidade da seleção feminina expõe erros e caos aéreo | Placar


SANTOS – A derrota da seleção brasileira feminina para o Canadá nesta sexta-feira, 11, na Vila Belmiro, findou uma dupla invencibilidade da equipe dirigida por Pia Sundhage e, principalmente, expôs problemas emergenciais para serem corrigidos a menos de um ano para a Copa do Mundo.

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O confronto foi o primeiro de dois duelos contra a seleção europeia. Na próxima terça-feira, 15, os países voltam a se enfrentar na Neo Química Arena, em São Paulo.

O resultado, por sua vez, representa a primeira derrota após dez partidas consecutivas sem perder, a última havia acontecido em 28 de junho, em amistoso contra a Suécia. No período, conquistou a Copa América com 100% de aproveitamento.

Além disso, o Brasil ostentava uma sequência de seis anos sem ser derrotado atuando no país. Curiosamente, desde a derrota para o mesmo Canadá na disputa pela medalha de bronze nos jogos do Rio. Foram 16 jogos após aquele tropeço, com 15 vitórias e um empate no período.

‘Debinhadependência?’

O novo revés para as canadenses foi regado por pouca eficiência ofensiva. O time concentrou em Debinha, autora do gol aos 32 minutos do primeiro tempo, quase todas as principais jogadas criadas.

Debinha marcou para o Brasil aos 34 do primeiro tempo -
Debinha marcou para o Brasil aos 34 do primeiro tempo – Thais Magalhães/CBF

Com Bia Zaneratto atuando em função mais aberta pelo lado esquerdo, e poucos espaços para Ludmila, sobrou para a camisa 9 quase toda a responsabilidade de quebrar as linhas defensivas do Canadá. Ela buscou tabelas, arrancadas e chegou ao décimo gol pelo país na temporada.

A nova 10

Sem Marta, surpreendeu a atuação de Kerolin, companheira de Debinha no North Carolina Courage. Com uma cavadinha, a meia-atacante encontrou boa assistência para o gol de Debinha e criou as principais jogadas criativas do áis. “A Pia me pediu para tentar criar, jogar solta e depois vermos o saldo disso”, disse a jogadora após a partida.

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Kerolin deu boa assistência para gol de Debinha -
Kerolin deu boa assistência para gol de Debinha – Thais Magalhães/CBF

Caos aéreo

O principal ponto de alerta deixado na partida foram os dois gols das canadenses: ambos originados em jogadas aéreas. Primeiro com Zadorsky, de cabeça, e Leon, em chute de primeira após desvio de cabeça de Sinclair.

Jogadas pelo alto causaram dificuldades -
Jogadas pelo alto causaram dificuldades – Thais Magalhães/CBF

Por muitas vezes, a defesa formada por Lauren e Tainara também encontrou dificuldades para se encontrar no posicionamento. O Canadá viu nas chances pelo alto o mapa da mina para a vitória.

Laterais tímidas

Foi tímido o desempenho das laterais Fê Palermo e Tamires. Conhecidas pela ofensividade, a capitã do Corinthians relacionou os poucos avanços e colaboração com as atacantes ao posicionamento adversário com meio-campistas como alas.

“Acho que no tempo que estive em campo consegui neutralizar isso. Não consegui roubar as bolas, mas fizemos voltar para trás. O Canadá explora muito os lados de campo, saiu satisfeita com o que fiz defensivamente”, explicou.

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