Volume de crédito sobe em junho e chega a R$ 4,214 trilhões, informa Banco Central | Economia


O volume total do crédito ofertado pelos bancos subiu 0,9% em junho, na comparação com o mês anterior, e atingiu R$ 4,214 trilhões.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Banco Central. Em maio, o volume ofertado era de R$ 4,176 trilhões.

O crédito livre para as empresas alcançou R$ 1,2 trilhão em junho, crescendo 1,0% no mês e 13,9% em doze meses. Já o crédito livre para pessoas físicas totalizou R$ 1,3 trilhão no mês passado, alta de 1,6% no mês e de 19,3% em doze meses.

O crédito livre inclui modalidades como o consignado, o empréstimo para aquisição de veículos e o cartão rotativo. Ficam excluídas desse termo as modalidades habitacional e rural e as linhas concedidas pelo BNDES, chamadas de crédito direcionado.

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No crédito direcionado, a carteira de pessoas jurídicas totalizou R$ 665 bilhões em junho, retração de 1,4% no mês e expansão de 16,3% em 12 meses.

O saldo com pessoas físicas ficou em R$ 1,1 trilhão, com expansões de 1,4% no mês e de 15,3% em 12 meses, com destaque para financiamento imobiliário e crédito rural.

Segundo o Banco Central, as concessões de empréstimos no mês passado subiram 1,6% na comparação com o mês imediatamente anterior, totalizando R$ 425,4 bilhões.

Os dados são divulgados com ajuste sazonal – uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes.

Junho marcou também o retorno do aumento das concessões. Em maio, a celebração de novos contratos tinha recuado 1,86%, a primeira queda registrada no ano.

Os juros bancários médios com recursos livres de pessoas físicas e empresas recuaram de 28,5% ao ano para 28,3% ao ano no mês passado – uma queda de 0,2 ponto percentual. No crédito livre, a instituição financeira tem mais liberdade para fixar a taxa de juros.

A queda dos juros bancários médios acontece em um momento de aumento da taxa básica de juros da economia, a chamada Selic. A taxa Selic começou a subir somente em março deste ano, quando avançou para 2,75% ao ano e, no início de maio, foi elevada para 3,5% ao ano. Em junho, subiu para 4,25% ao ano.

A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que decide a taxa Selic, é na primeira semana de agosto. A expectativa do mercado é de um aumento de 0,75 ponto percentual a 1 ponto percentual.

A taxa de inadimplência média registrada pelos bancos nas operações de crédito permaneceu estável em 2,3% em junho, o mesmo percentual observado em maio.

Nas operações com recursos livres, a inadimplência atingiu 2,9%, redução de 0,1 ponto percentual. Nas com recursos direcionados, permaneceu estável em 1,4%.

Endividamento das famílias

Ainda segundo dados do BC divulgados nesta quarta, o nível de endividamento das famílias bateu novo recorde em abril deste ano.

Chegou a comprometer 58,5% da renda, levando em conta o total das dívidas bancárias dividido pela renda das famílias no período de 12 meses.

É o maior porcentual da série histórica, iniciada em janeiro de 2005. Em março, o endividamento já havia batido o mesmo recorde, ao chegar a 58%.

Os dados sobre o endividamento divulgados pelo Banco Central tem defasagem porque incorporam informações da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (Pnad) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE.



Fonte:G1