Preços do petróleo caem com avanço da Covid-19 e retomada de oferta da Líbia




O Brent para setembro caiu US$ 0,58, a US$ 41,27 por barril. O petróleo dos Estados Unidos (WTI) terminou o dia em queda de 1%, a US$ 39,27 por barril. Fábrica de refino de petróleo no Texas nesta segunda-feira (20)
Mark Felix/AFP
Os preços do petróleo recuaram nesta terça-feira, com investidores preocupados com a possibilidade de o aumento no número de casos de Covid-19 voltar a afetar a demanda em um momento de potencial retomada na produção da Líbia, que foi reduzida a um volume muito baixo desde o início do ano.
O contrato mais ativo do petróleo Brent, para setembro, fechou em queda de 0,58 dólar, a 41,27 dólares por barril, enquanto o contrato agosto — que expirou nesta terça — recuou 0,56 dólar, ou 1,2%, para 41,15 dólares o barril.
O vencimento teve ganho de 16,5% neste mês, e de 81% no trimestre.
O petróleo dos Estados Unidos (WTI) terminou o dia em queda de 0,43 dólar, ou 1%, a 39,27 dólares por barril. O valor de referência norte-americano avançou 12,4% no mês e cerca de 95% no trimestre, refletindo a recuperação desde o final de março. O contrato recuperou perdas no pós-fechamento, depois de dados do grupo comercial API mostrarem um recuo maior do que se esperava nos estoques de petróleo dos EUA.
A demanda por combustíveis se recuperou em relação às piores semanas da pandemia, mas o número de casos de Covid-19 tem avançado em Estados do sul e sudoeste dos EUA.
“A sustentação das demonstrações de força da gasolina será desafiada pelas manchetes sobre o coronavírus, com as notícias indicando uma mudança definitivamente negativa nas últimas semanas”, disse em nota Jim Ritterbusch, presidente da Ritterbusch and Associates em Galena, Illinois.
Enquanto isso, a Líbia tenta retomar exportações, quase que totalmente bloqueadas desde janeiro por causa de uma guerra civil — com isso, o trabalho da Opep para cortar oferta pode enfrentar um percalço. A petroleira estatal líbia espera que negociações levem ao fim de um bloqueio imposto pelas forças do leste.



Fonte: G1