A Comissão Federal de Comunicações (FCC) dos Estados Unidos ordenou nesta quinta-feira (10) que operadoras removam equipamentos de telecomunicações que representem um risco à segurança nacional, entre eles produtos das chinesas Huawei e ZTE.
A decisão afeta principalmente empresas que receberam subsídios federais para a instalação desses equipamentos. A maioria delas estão em áreas rurais dos EUA.
A agência vai criar uma lista de produtos que dever ser removidos, e estabelecer um programa de reembolso às empresas. Essa restituição dependerá da alocação de recursos que será feita Congresso americano, e a estimativa é que custe US$ 1,6 bilhão.
A FCC acusa a Huawei e ZTE de representarem um risco de espionagem, algo que as companhias chinesas negam.
A ordem exige ainda que todas as operadoras relatem se suas redes possuem algum dos produtos que constará na lista a ser elaborada.
Em uma resolução separada, a FCC iniciou um processo para revogar a autorização da operadora China Telecom para operar nos EUA, companhia que atua no país há quase 20 anos.
As decisões foram publicadas pouco depois de a FCC rejeitar um pedido da Huawei de reconsideração da decisão de classificá-la como uma ameaça.
Um diretor da Huawei afirmou em setembro passado que a empresa revelaria detalhes de sua tecnologia para mostrar que é segura.
Os EUA ainda não apresentaram provas concretas sobre as falhas dos produtos da companhia, mas alega a proximidade com o governo chinês representa um risco. Uma revisão do Reino Unido encontrou vulnerabilidades sérias, que não foram exploradas.
Em junho, a FCC designou formalmente as chinesas Huawei e ZTE como ameaças, proibindo empresas norte-americanas de recorrer a um fundo governamental de US$ 8,3 bilhões para comprar equipamentos de telecomunicações.
Em maio de 2019, o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma decreto estabelecendo emergência nacional e impedindo as operadoras do país de usarem produtos de empresas que representem risco à segurança. O governo Trump também adicionou a Huawei à lista de proibição comercial dos EUA no ano passado.
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Fonte: G1