Azeite brasileiro tem mercado em expansão com alta do preço do alimento


Produtores brasileiros de azeite de oliva têm chances de beneficiarem da alta internacional do preço do alimento e ganhar mais espaço para vender ao segundo maior mercado importador do mundo, que é o próprio Brasil.

De todo o azeite que o país consome, menos de 1% (0,24%) é produzido por sua lavoura.

Produção do azeite de oliva

Azeite de olíviaAzeite de olívia
Entre 2013 e 2020, o Brasil importou uma média de 74 mil toneladas. Foto: Envato

A maior participação no mercado interno poderá ocorrer devido a qualidade do produto, o que permite o crescimento de consumo mesmo quando o preço se eleva.

Entre os anos de 2018 e 2022, a produção de azeite só no Rio Grande do Sul passou de 58 mil litros para 448,5 mil litros. O estado e outras regiões do país, como a Serra da Mantiqueira, entre Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, está se especializando na produção de azeite extra virgem, de menor acidez, reconhecido como artigo especial ou premium.

De acordo com o Internacional Olive Council, entre 2013 e 2020, o Brasil importou uma média de 74 mil toneladas ao ano de azeite e óleo de bagaço de azeitona. Já no período de oito anos, a importação cresceu de 73 mil toneladas ao ano para 104 mil toneladas ao ano.

Em 2020, oitenta por cento desse volume foi oriundo de Portugal e da Espanha. Os dois países da península ibérica diminuíram a produção de azeite nos últimos anos devido ao aumento de temperatura quando ocorre a floração das oliveiras, no que ocasionou a elevação do preço do produto em aproximadamente 45%.

Cultivo de oliveiras

Azeite brasileiroAzeite brasileiro
Azeite de oliva é rico em ácidos graxos que são capazes de ajudar a controlar os níveis de açúcar no sangue e contribuir para o fortalecimento do sistema imunológico. Foto: Envato

O Brasil cultiva oliveiras desde o século passado, mas a perspectiva de ter uma produção mais robusta e virtuosa, mas a perspectiva de ter uma produção mais robusta e virtuosa iniciou entre os anos de 2005 e 2006, época em que o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) demandou que a Embrapa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) avaliasse a possibilidade de o país cultivar oliveiras.

O trabalho iniciou com o plantio de mudas de oliveiras tradicionais em países de grande produção. As variedades de maior sucesso foram koroneike, de origem gregra, as espanholas arbequina e arbosana, além da covatina da Itália.

O azeite de oliva é rico em ácidos graxos que são capazes de ajudar a controlar os níveis de açúcar no sangue e contribuir para o fortalecimento do sistema imunológico.



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