‘Faraó dos Bitcoins’: STF nega novo pedido de habeas corpus de Glaidson Acácio dos Santos | Região dos Lagos


O Supremo Tribunal Federal (STF) negou um novo pedido de habeas corpus feito pela defesa de Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “Faraó dos Bitcoins”.

A decisão do Ministro Alexandre de Moraes foi expedida no sábado (27) e publicada no Diário Oficial do STF nesta terça-feira (30).

O dono da GAS Consultoria Bitcoin, empresa com sede em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, está na prisão desde agosto deste ano, quando foi preso pela Operação Kryptos, da Polícia Federal.

Glaidson é acusado de crime contra o sistema financeiro e organização criminosa e responde a 288 processos na área cível. Os dados são do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Vários dos processos pedem rescisão do contrato ou a devolução do dinheiro investido na consultora GAS, além de pedidos de indenização por danos morais. A própria consultora responde a 286 processos, todos também na área cível.

A decisão do último sábado mantém o empresário na prisão. No fim de outubro, a Justiça Federal também havia negado um pedido de soltura de Glaidson. Na época, por 2 votos a 1, a 2ª Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) indeferiu o habeas corpus a favor do dono da G.A.S. Consultoria e Tecnologia e de Felipe Silva Novais e Michael de Souza Magno, acusados de fazerem parte do esquema ilegal de investimentos em criptomoeadas.

A defesa de Glaidson recorreu à decisão, mas o STF negou o pedido de soltura e manteve a prisão. Leia a decisão na íntegra.

O g1 tenta contato coma defesa do empresário.

Conhecido como “Faraó dos Bitcoins”, Glaidson movimentou pelo menos R$ 38 bilhões segundo a investigação.

A GAS Consultoria Bitcoin prometia 10% de retorno do dinheiro investido por mês aos clientes e dizia obter esses ganhos no mercado de criptomoedas.

Segundo a investigação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF), a firma nem sempre chegava a investir em bitcoins – os lucros eram pagos aos clientes enquanto o dinheiro de novos clientes captados entrava.

De acordo com a denúncia, o esquema teria se profissionalizado em 2018 e perdurado, ao menos, até 25/08/2021, quando foi deflagrada a “Operação Kryptos“, que levou Glaidson e outros suspeitos à prisão.



Fonte: G1