Em reuniões recentes com o presidente Jair Bolsonaro e líderes do Congresso, a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, tem feito a avaliação de que o Brasil tem o primeiro semestre de 2021 para aprovar reformas e dar uma forte sinalização de que pretende enfrentar desafios fiscais.
Caso não haja vontade política para reformas profundas, capazes de corrigir a sequência de déficits públicos dos últimos sete anos e o engessamento do orçamento público, o país pode sofrer prejuízos como:
Os três possíveis impactos seriam reflexo direto da falta de confiança de investidores, dentro e fora do Brasil.
O ministro Paulo Guedes tem informado o presidente Jair Bolsonaro e os líderes parlamentares sobre conversas com agências de risco e investidores, segundo relatos feitos ao blog por participantes de alguns desses encontros.
Em novembro, Paulo Guedes falou sobre ‘sinais de recuperação’ da economia; relembre
O diagnóstico é de que, apesar dos gastos elevados do Brasil para fazer frente à pandemia, há confiança de que o país pode ter crescimento robusto em 2021 e irá retomar a agenda de reformas. Para enfrentar a Covid-19, o país desembolsou cerca de R$ 600 bilhões, valor que elevará o endividamento do país em mais de 10% do PIB nacional.
O prazo da retomada, entretanto, terá de coincidir com o início do próximo ano legislativo, já em fevereiro de 2021.
A expectativa inicial da equipe econômica era de que, passado o período das eleições municipais, o Congresso ainda fizesse uma força-tarefa para votar temas importantes que estão nas Casas legislativas:
- reforma administrativa;
- PEC do pacto federativo,
- PEC Emergencial com gatilhos para manutenção do teto de gastos, e
- pelo menos parte da reforma tributária, por exemplo.
Fonte: G1