Universitário diz que foi agredido em casa noturna após se revoltar com assédio contra a noiva


Em entrevista à Banda B, o estudante relatou que o assédio aconteceu em um momento de lotação da casa. “A minha noiva estava vindo em direção a mim, quando esse homem deu um abraço nela. Como não foi apenas uma cantada, eu fui falar com ele e realmente tivemos um princípio de confusão, mas foi então que tomei um mata-leão pelas costas e apaguei”, relatou.

Segundo o estudante, essa foi apenas a primeira agressão. Após acordar, ele teria se dado conta do ocorrido e questionado o motivo do golpe. Foi quando, segundo ele, um novo ‘mata-leão’ aconteceu. “Quando isso aconteceu, eu já estava saindo da casa, então não consigo entender. Foi eu só pisar para fora, que ainda tomei um soco no rosto”, lamentou.

A vítima conta que não chamou a Polícia Militar (PM), graças a uma promessa do proprietário do espaço de que os agressores já haviam sido identificados.

Sem a PM, a vítima chamou seu advogado, Paulo Cristo, que foi até o local. Segundo o defensor, toda a situação foi muito constrangedora. “Eu em momento algum quis causar qualquer problema para a casa, mas os proprietários se recusam a repassar os nomes dos agressores, que foi o que pedi. Agora vamos ter que, junto à polícia, conseguir as imagens do circuito de segurança”, explicou.

O jovem de 22 anos tem plano de saúde e foi atendido no Hospital Vita. Ele recebeu cinco pontos e corre risco de ser submentido a uma cirurgia para não ter a visão prejudicada.

Após a confusão, um boletim de ocorrência foi registrado na Central de Flagrantes de Curitiba.

Outro lado

Advogado da Cenna Cinco, Juarez Coelho afirma que o estudante é quem teria iniciado as confusões. “Ele foi acalmado após a primeira confusão, sem mata-leão ou qualquer medida de contenção. E, na saída, ele veio a se envolver em mais uma briga. Ele deu causa em dois momentos e a casa em momento algum se omitiu da maneira que deveria, ou seja, encerrar o desentendimento já no início, protegendo os demais clientes da casa. Foi prestado toda atenção e atendimento. A casa não tem responsabilidade pelos atos praticados pelo cliente, teria se tivesse sido omissa”, afirmou.

Casa Gastronômica fica localizada na Padre Anchieta (Reprodução Google Street View)

Coelho afirma que vai consultar o responsável pelas imagens e que a Cenna Cinco está à disposição da Justiça. “Requisitado judicialmente, vamos apresentar tudo que for necessário para esclarecer o caso”, disse.

Sobre o assédio, o espaço gastronômico afirma que nada foi repassado a eles no momento da confusão.

Funcionamento

Após a confusão, o advogado Paulo Cristo afirmou que vai buscar ainda saber se a Cenna Cinco tem autorização de funcionamento. “Queremos saber se a casa está de acordo, já que não prestou nenhum atendimento a esse menino. Ele tomou um mata-leão e poderia ter sofrido uma lesão cerebral com a queda, então eu acho que a falta de consideração é a indignação principal”, comentou.

Coelho, por sua vez, disse aguardar as acusações em juízo. “Entendo que ele tem autonomia para determinadas alegações, mas acredito que isso seja prematuro, já que o fato foi ontem. Se ele representar, a casa apresentará tudo que for requisitado em juízo, tanto as imagens, como a documentação necessária”, concluiu.

A Polícia Civil investiga o caso.