PM suspeito de duplo homicídio em 2011 será julgado nesta quinta na RMC



 

Segundo o advogado de defesa do PM, Jeffrey Chiquini, o soldado foi acionado após o assalto de um comércio em Mandirituba, região metropolitana de Curitiba.

“Na ocasião, os dois suspeitos estavam armados, entram em um comércio e deram voz de assalto. Um dos criminosos estava sem capacete, o que facilitou o reconhecimento por parte das vítimas. Eles estavam com uma moto sem placa e, depois de roubarem dinheiro, fugiram”, explicou Chiquini.

O soldado, que estava em patrulhamento e é conhecido na região, foi abordado pelas vítimas. “Pediram a ajuda dele. Ele foi atrás dos criminosos e os alcançou. A moto vinha sentido contrário a viatura, quando o policial saiu do carro e tentou a abordagem. Um dos suspeitos, que estava na garupa, apontou a arma em direção ao soldado. Fabrício, então, cauteloso, utilizando da arma dele para se defender, atira duas vezes contra os suspeitos”, descreveu o advogado.

Os tiros atingiram os dois suspeitos, mas eles continuaram a fuga. Ainda segundo o advogado, o policial continuou a perseguição. “Alguns metros depois, eles bateram a moto contra um barranco e morreram. As vítimas foram até o local e reconheceram os criminosos e as armas. O dinheiro também foi recuperado”, disse Chiquini.

Entretanto, em razão dos disparos, em 2018, Fabrício foi indiciado pela prática de dois homicídios qualificados pela impossibilidade de resistência da vítima.

Ministério Público

Na denúncia, o Ministério Público descreve que o soldado atingiu as vítimas pelas costas. “Agindo de forma livre, consciente e voluntária, com inequívoca intenção de matar, agindo por mediante recurso que dificultou a defesa da vítima(…). Assim agindo, os denunciados Fabrício Marques Bueno praticou as condutas típicas descritas no artigo 121, inciso IV, do Código Penal, razão pela qual se oferece a presente denúncia, esperando o Parquet seja esta recebida, registrada e autuada, ‘ citando-se os denunciados da ação penal contra eles proposta, e prosseguindo o feito segundo o rito estabelecido no_Código de.Processo Penal para os delitos cuja competência é afeta ao Egrégio Tribunal do Júri (Código de Processo, Penal,? artigos 396/404 e. 496/497), culminando-se com a pronúncia dos denunciados”, descreveu o promotor no pedido.

Testemunhas

O advogado informou que sete testemunhas de acusação e sete em defesa de Fabrício serão ouvidas na audiência. “Dentre as testemunhas de defesa, estão vítimas dos suspeitos por outros roubos na região. Além disso, a dupla tinha envolvimento com o tráfico de drogas. Acreditamos que a justiça será feita”, completou Chiquini.