Eduardo Bolsonaro diz que presidente não pode estar sujeito à 'bipolaridade' de líder do PSL



Atual líder, Delegado Waldir já disse que iria ‘implodir’ Bolsonaro, mas recuou e depois voltou a criticar presidente. Eduardo chegou a ser anunciado líder, mas Waldir retomou posto; entenda. Deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro

Reprodução/TV Globo

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou neste sábado (19) que o presidente Jair Bolsonaro, pai dele, não pode estar sujeito à “bipolaridade” do líder do PSL na Câmara, deputado Delegado Waldir (PSL-GO).

Eduardo deu a declaração ao fazer uma transmissão ao vivo em uma rede social, na qual comentou a crise no PSL que atinge o Palácio do Planalto, o comando do partido e a bancada da legenda no Congresso Nacional.

Nesta semana, em meio à crise no partido, o líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), apresentou uma lista que indicava Eduardo Bolsonaro como novo líder do PSL na Casa. Logo depois, contudo, o deputado Delegado Waldir (PSL-GO) apresentou uma outra lista, que o recolocava no posto.

Neste sábado, Eduardo Bolsonaro afirmou que não queria a função de líder, mas decidiu ocupar o posto porque Waldir havia orientado obstrução em uma votação de interesse do governo.

“Comigo na liderança, todos concordaram que a liderança estaria em boas mãos. O próprio presidente Jair Bolsonaro não queria que eu fosse líder, eu também não queria, mas diante desses fatos não vou me acovardar. E, vendo o líder do PSL, que é o partido do presidente, orientando contra a Presidência da República, não sou eu que vou ficar de braços cruzados. Então, começamos a correr atrás de uma lista”, afirmou Eduardo Bolsonaro.

Sem citar o áudio que revelou uma articulação de Bolsonaro para tirar o líder do PSL da função, o filho do presidente declarou em seguida: “Não me venham com esse papinho, com essa gargantinha ‘ai, o presidente interferiu’. Interferindo, nada. Ele está fazendo um projeto para o Brasil e o partido dele dentro da Câmara está indo contra o presidente, porra. Tu acha o quê? Que ele tem que fazer o quê? Que ele tem que ficar ‘não vou interferir’?”

“A gente não pode ficar a esse sabor, a essa quase bipolaridade de uma pessoa para colocar adiante as pautas do país. É só isso”, concluiu.

Na última quinta (17), circulou um áudio do Delegado Waldir no qual ele dizia que iria “implodir” Bolsonaro. No mesmo dia, em entrevista coletiva, o deputado recuou, afirmando que não tinha nada para usar contra o presidente e que a declaração havia sido dada em um “momento de emoção”.

Na sexta (18), contudo, voltou a criticar Bolsonaro, afirmando que o presidente havia tentado “comprar” deputados com cargos.

Troca de ofensas

Também neste sábado, Eduardo Bolsonaro e a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), agora ex-líder do governo no Congresso, trocaram ofensas nas redes sociais.

ao comentar uma publicação de Joice Hasselmann, Eduardo Bolsonaro publicou a seguinte mensagem: “#DeixeDeSeguirAPepa”

A mensagem foi uma provocação à deputada, sugerindo aos seguidores que deixem de segui-la na internet, a comparando à personagem de desenho animado Peppa Pig.

A deputada, então, respondeu: “Picareta! Menininho nem-nem: nem embaixador, nem líder, nem respeitado. Um zero à esquerda. A canalhice de vocês está sendo vista em todo Brasil”.

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