CREA-RJ contesta salário mínimo que é oferecido a engenheiros no concurso de Araruama


A Prefeitura de Araruama abriu concurso público para preencher mais de mil e cem vagas em cargos de nível fundamental, médio e superior, mas os salários não estão agradando em nada os concurseiros. Muita gente está reclamando nas redes sociais de que o concurso de Araruama é “fajuto”, uma forma de “arrecadar dinheiro com taxa de inscrição” e um subterfúgio para depois justificar ao Ministério Público, por exemplo, que devido ao desinteresse da população tem que manter os funcionários contratados, muitas das vezes, através de indicações de políticos aliados, vereadores etc. Acontece que, ao que tudo indica, a prefeita “Lívia de Chiquinho” exagerou na dose e o edital do concurso de Araruama recebeu críticas até de orgãos de classe, como o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Estado, o CREA-RJ.

Em ofício encaminhado à prefeita de Araruama, o presidente do CREA-RJ, Luís Antônio Cosenza, se manifestou contra o valor do salário a ser oferecido ao profissional de Engenharia, conforme previsto em Concurso Público que será realizado pela prefeitura, através do INCP. “Tomamos conhecimento do Edital de Concurso nº 01/2019 e constatamos que os vencimentos oferecidos ao cargo de Engenharia é de R$ 998,00, o que está demasiadamente em desacordo com a Lei 4950-A/66, que fixa o salário mínimo para os profissionais diplomados em engenharia, em R$ 5.998,00 para seis horas”, afirmou o presidente do CREA-RJ. O presidente do Conselho também pede que a prefeita respeite a Lei e altere o edital do concurso. Até o fechamento dessa matéria, a Prefeitura de Araruama não havia se manifestado sobre o assunto.