Campeão Juvenil de Roland Garros visita à Jovem Pan



O tenista brasileiro Matheus Pucinelli, campeão juvenil de duplas em Roland Garros, visitou à rádio Jovem Pan, e concedeu uma entrevista exclusiva antes de participar do US Open 2019. O jovem de apenas 18 anos igualou o feito antes conseguido apenas por Guga e já é o número 25 do mundo na categoria.

“Desde pequeno, com 12 anos, eu tive resultados grandes no Brasil. Cheguei a primeiro no Brasil e tive oportunidade de jogar internacionalmente e eu senti junto com meu pai, a gente conversou: ‘você vai querer isso mesmo pra sua vida?’. Ali ainda tinha um pouco de dúvida, mas já ia clareando, sentia que era aquilo que queria para o futuro. Ai com 15 anos a rotina começou a ficar mais pesada. Sai de casa, estudava de manhã e de tarde treinava, vivia com os outros meninos do treinamento. Ai foi a maior diferença para mim e para os meus pais”, contou Matheus Pucinelli sobre seu começo.

O jovem de 18 anos já tem participações em todos os Grand Slam. Sua estreia foi no US Open de 2017. Em 2018, jogou o Australia Open e Wimbledon. O primeiro título dentro dos quatro principais torneios do tênis veio na edição de 2019 do Roland Garros.

“Foi uma experiência única de estar participando de um Grand Slam em Roland Garros, foi minha primeira vez lá e ainda mais sair com o título. Estar jogando nas finais, nos últimos dias, vivenciando a rotina dos jogadores profissionais, foi uma experiência muito boa pra mim”, revela.

Curiosamente, a grama sagrada de Wimbledon é o lugar preferido de Matheus Pucinelli. Diferente da grande maioria dos tenistas brasileiros, que não se sentem bem jogando na grama, o jovem diz que o piso casa com seu jogo.

“Na minha escala dos quatro, antes, ele (Roland Garros) ficaria em terceiro, quarto, e Wimbledon em primeiro. A grama é uma coisa que me fascina. Me sinto muito bem, gostava muito de assistir. Mas depois desse título eu acho que Roland Garros pulou para segundo, mas Wimbledon continua meu Grand Slam preferido”, disse.

“Meu estilo de jogo talvez se encaixe melhor na grama. Saco bem, gosto de chegar na rede, saque voleio. Tem uma quadra de grama em Souza, perto de casa, ali em Campinas. Acho quando eu tinha uns 13 anos foi meu primeiro contato que eu tive. É uma quadra que eu acho que o Thomas Belucci já chegou a fazer preparação lá para Wimbledon, outros jogadores. Ali que tive meu primeiro contato”, completou.

Mesmo ainda jovem, Matheus Pucinelli já projeta o futuro da carreira. O brasileiro quer continuar vivendo do tênis e sonha com um título de Wimbledon para se sentir completo.

“Meu sonho é me manter no tênis. Top 50, ir escalando os degraus, viver do tênis. Jogar os torneios da ATP, jogar os Grands Slams, chegando no top 100, top 50, top 20, top 10 e ir subindo. Já me imaginei algumas vezes (ganhando o título de Wimbledon) dormindo ali você se pega imaginando um match point. Wimbledon seria meu sonho maior”, afirma.