Veja o que suspeito de mandar matar grávida pesquisou na web antes e depois do crime

O histórico de buscas do telefone de Diogo Viola de Nadai mostra que o suspeito de envolvimento com a morte da companheira Letycia Peixoto Fonseca — que estava em seu oitavo mês de gestação quando foi alvo de tiros em Campos dos Goytacazes, no último dia 2 — pesquisava sobre como resetaria o aparelho no dia do crime. O registro foi reproduzido no inquérito da Polícia Civil, que investiga o caso, e também mostra que Diogo assistiu ao vídeo do momento em que Letycia é baleada.

O documento, obtido pelo EXTRA, descreve que à 134ª DP (Campos), delegacia à frente do caso, Diogo — que é investigado como suspeito de ser o mandante do crime — informou a senha de desbloqueio de seu aparelho celular e, desta forma, pôde-se verificar o conteúdo pesquisado pelo companheiro de Letycia.

Na noite de 2 de março, a mesma do crime, ele acessou o vídeo em que Letycia é baleada por meio de um site de notícias da cidade de Campos. No dia seguinte, ele voltou a acessar uma notícia referente ao assassinato da gestante e, em depoimento, confirmou ter assistido às imagens “muito rapidamente”.

Naquele mesmo dia, o histórico de buscas também mostra as seguintes pesquisas:

  • “Como resetar um iphone”
  • “Como resetar iphone… voltar padrão de fábrica”
  • “Como limpar icloud e resetar iphone”

Entre as pesquisas, sites de apostas online também aparecem no histórico. Jogador de pôquer, Diogo era conhecido no mundo das apostas. Sua participação no campeonato brasileiro de pôquer (o BSOP), em São Paulo, foi destacado na página de notícias do site oficial do evento. Na categoria em que disputou, “ninguém juntou mais fichas” do que ele. Já na mesa final, ele foi o sexto colocado.

Uma semana antes do crime, as buscas do navegador de internet de Diogo foram por “tristeza não tem fim”, “não sei o que fazer”, “sentimento de não saber o que fazer” e “vontade de morrer o que significa”.

Prints da tela do telefone de Diogo Viola de Nadai, presentes no inquérito da Polícia Civil
Prints da tela do telefone de Diogo Viola de Nadai, presentes no inquérito da Polícia Civil Foto: Reprodução

A quebra do sigilo telefônico de Diogo Viola de Nadai foi pedido no inquérito. Diogo e mais quatro homens são investigados: além dele, suspeito de ser o mandante da morte da grávida, um intermediário, o proprietário da moto usada no crime, o piloto e o garupa estão presos.

Letycia foi morta na porta da casa de sua tia, em Campos, enquanto deixava ela e sua mãe. As três tinham ido visitar o apartamento para o qual a grávida estava de mudança e, na volta, Letycia dormiria na casa da mãe, que fica na mesma rua. A vítima, que estava ao volante, foi alvo de tiros do garupa da moto e morreu na chegada ao hospital.

Hugo, o bebê esperado por ela, nasceu com vida após uma cesariana de emergência, mas também morreu na manhã seguinte. A mãe de Letycia, Cintia Pessanha Fonseca, que também é testemunha do caso, tentou reagir e partiu para cima dos criminosos, levou um tiro na coxa esquerda e precisou ser hospitalizada, mas passa bem.

Fonte: Fonte: Jornal Extra