Tiroteio deixa um morto e um baleado durante reprodução simulada do caso do menino Ray

Uma pessoa morreu e outra foi baleada, nesta terça-feira, durante incursões realizadas por policiais civis, no Morro do Campinho, na Zona Norte do Rio, para a realização da reprodução simulada da morte do adolescente Ray Pinto Faria, de 14 anos. O adolescente foi assassinado a tiros em fevereiro, e encontrado sem vida pela família no Hospital Salgado Filho, no Méier.

Apesar do tiroteio, agentes da Delegacia de Homicídios da Capital conseguiram realizar a perícia e reconstituir os últimos passos de Ray. A família do garoto e testemunhas dizem que Ray foi visto com vida pela última vez quando caminhava na comunidade, ao lado de policiais militares, no dia 22 de fevereiro .

O trabalho da Polícia Civil começou às 8h e terminou por volta de meio-dia. De acordo com entrevista de um representante da OAB-RJ, concedida ao “RJTV”, da TV Globo, um policial militar participou da reprodução simulada. O resultado da reconstituição deverá ficar pronto em 30 dias, prazo estimado para a confecção de um laudo pericial. De acordo com parentes, Ray estava jogando em seu celular, na porta de sua casa, quando policiais militares faziam uma operação na comunidade. Depois de ser levado pelos PMs, ele desapareceu, e foi encontrado já sem vida, no Hospital Salgado Filho. Segundo sua família, Ray nunca teve qualquer problema com a polícia.

—Testemunhas viram o Ray andando com os PMs. Nunca teve qualquer problema anterior com a polícia. Ele era um menino extrovertido, alegre e ótimo filho. Torcia para o Flamengo e sonhava em ser jogador de futebol. Estava na 4ª série e estudava numa escola municipal, em Madureira — disse um parente do garoto.

A versão apresentada por PMs é a de que já teriam encontrado Ray baleado na comunidade. Segundo familiares, o menino foi atingido por dois tiros. Um no abdômen e outro em uma das coxas.

Sobre o morto e o ferido, durante a ocupação de parte do Morro do Campinho nesta terça-feira, para a realização da reprodução simulada, a Polícia Civil ainda não divulgou nomes das vítimas e nem detalhes do tiroteio.

Fonte: Fonte: Jornal Extra