Testemunha afirma em depoimento que todos estavam embriagados no carro de assediadores de ciclista


A Polícia Civil investiga a suspeita de que o motorista e todos os passageiros estariam embriagados no veículo em que o carona coloca o braço para fora e assedia a estudante de direito Andressa Lustosa, de 25 anos, enquanto andava de bicicleta em uma rua de Palmas, no interior do Paraná. O carro ainda fechou a ciclista que foi atropelada, caiu no chão e não foi atendida após assédio.

Reprodução/ Vídeo

O momento foi capturado por câmeras de segurança e compartilhado por pela própria estudante em suas redes sociais.

Nesta terça-feira (28), a polícia ouviu uma testemunha que teria afirmado que todos estavam embriagados dentro do veículo.

“Uma testemunha que foi ouvida ontem (terça-feira), que inclusive estava dentro do veículo, que informou que todos estavam embriagados. E também tem a questão de oferecer bebida alcoólica a menor de idade”, explicou o delegado Felipe Silva, de Palmas-PR.

O passageiro está preso, mas além dele outras três pessoas estariam no veículo, dentre eles um menor de idade.

“O motorista cometeu os mesmo crimes do carona (que está preso) que passou a mão. Porque ele encostou o carro para que o passageiro pudesse fazer isso e ele é co-autor. Então ele também responde por importunação sexual e também pelas lesões corporais”, disse o delegado.

Para ciclioativista, o assédio verbal também é preocupante

No caso de assédio à Andressa Lustosa, houve uma agressão física, mas esse agressão poderia ser também pode ser verbal, e segundo relatos de ciclistas, acontecem com frequência pelas vias do Brasil.

Segundo coordenadora geral da Cicloiguaçu, Associação de Ciclistas e idealizadora do Centro de Apoio ao Ciclista em Curitiba, a Bicicletaria Cultural, Patrícia Valverde, além do assédio, a pessoa pode se assustar e cair.

“Ela pode virar o guidão e ser atropelada. O assédio não apenas o toque físico. Foram uma séries crimes na mesma situação. Essa é condição das mulheres, essa é condição do ciclista e das ciclistas. A gente passa para uma projeção se tivesse acontecido em uma via não monitorada por câmeras, quando acontecem muitas situações similares de assédio e o risco para as ciclistas, ninguém fica sabendo de nada. Isso sem contar que nessa caso, eles houve omissão de socorro”, ressalta Patrícia.





Fonte: Banda B