Mais um criminoso responsável pelo sequestro-relâmpago de uma médica de 39 anos e de seu filho, de 4, na noite de 10 de abril, na Zona Oeste do Rio, se entregou na 16ª DP (Barra da Tijuca), nesta terça-feira, dia 19. Pedro Lucas Pessanha se apresentou espontaneamente e já está atrás das grades.
No dia do crime, as vítimas foram levadas no carro da família por criminosos armados até a Cidade de Deus, onde permaneceram reféns por 35 minutos. Até agora, já foram presos Bryan Lucas Freitas de Araújo, Edmilson Figueiredo dos Santos Junior, filho da proprietária do carro usado no crime, e Pedro Lucas Rodrigues Pessanha.
Matheus Sobrinho Ferreira, também teve um mandado de prisão expedidos pela Justiça e é considerado foragido.
A médica e o menino foram abordadas por volta de 20h50, ao saírem de uma lanchonete na Avenida João Cabral de Mello Neto. Eles ficaram como reféns por cerca de 35 minutos. Durante este tempo, os bandidos desbloqueavam o celular e os aplicativos de bancos da mulher, utilizaram os cartões de créditos da vítima em uma máquina portátil de pagamentos e ainda solicitaram transferência por PIX de seu marido e amigos. Eles foram deixados em um ponto de ônibus na Avenida Ayrton Senna, na Gardênia Azul.
Na 16ª DP (Barra da Tijuca), a médica relatou que, naquela noite, saía do shopping Via Parque com o filho quando notou que um carro branco, provavelmente das marcas Honda ou Hyundai, parou torto em uma vaga de estacionamento e ninguém saiu do veículo. Após deixar o local, dirigindo seu carro blindado, ela parou com o menino no drive-thru de uma lanchonete, na Rua João Cabral de Mello Neto.
Saindo do estabelecimento, disse ter levado uma fechada cerca de 30 metros adiante do mesmo carro que havia visto no shopping e que já estava lhe aguardando.
A médica contou que, então, saíram do veículo três bandidos. Um deles, que veio pela frente, apontou-lhe um revólver, abriu a porta e ordenou que ela fosse para a parte traseira, onde estava a criança na cadeirinha. Ele assumiu a direção do carro, enquanto os outros dois se sentaram no banco do carona e no banco de trás, ao lado dela e do menino.
Aos policiais, a mulher contou que seu veículo passou a seguir o dos criminosos, em velocidade de aproximadamente 20 quilômetros por hora, até a Cidade de Deus.
Durante o percurso, eles foram exigindo as transações bancárias e ordenaram que ela ligasse para terceiros pedindo PIX, pois sabiam que naquele horário as transferências têm limite de mil reais. Além do valor total de R$ 3 mil nesse tipo de ferramenta, passaram em maquininhas dois cartões de crédito do Banco do Brasil e roubaram o celular iPhone 11 da vítima, além do carro.
Ainda na delegacia, a médica disse que, após pararem dentro da Cidade de Deus, ela e o filho foram deixados pelos bandidos em um ponto de ônibus próximo ao Espaço Hall, no sentido da Linha Amarela. Lá, a mulher conseguiu pedir socorro e ligar para o marido, que a buscou e a levou até a delegacia.
Fonte: Fonte: Jornal Extra