Suspeito de agredir motorista de ônibus idoso após acidente de trânsito nega ter usado soco inglês


RIO — O estudante Leonardo Costa Mendes Nogueira, de 18 anos, que espancou o motorista de ônibus Luiz Carlos Ribeiro, de 69, após um acidente de trânsito no Méier, na Zona Norte do Rio, deve ser indiciado por lesão corporal grave. O suspeito se apresentou na 23ª Delegacia Policial (Méier) na tarde desta quarta-feira, acompanhado de um advogado para prestar depoimento sobre o caso. Ele assumiu a autoria das agressões, mas negou ter utilizado um soco inglês para bater no idoso.

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Leonardo possui duas anotações criminais anteriores como menor infrator. A primeira delas, de 2019, é por lesão corporal, quando teria agredido um vizinho. A segunda, de 2020, é por injúria e vias de fato. Em seu depoimento, ele justificou as agressões como um “acesso de raiva”. Após bater no motorista, ele foi confrontado por passageiros e pessoas que passavam pelo local e disse que “saiu em fuga para sua casa”.

O delegado responsável pelo caso, Deoclécio Assis, aguarda o resultado do exame de corpo de delito para concluir o caso e oferecer denúncia contra o suspeito. De acordo com ele, além de praticar as agressões, Leonardo também dirigia o veículo que se envolveu no acidente de forma irregular, uma vez que não possui carteira de motorista.

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O motorista de ônibus Luiz Carlos Ribeiro teve ferimentos na cabeça e nos braços provocados por socos dados por Leonardo Costa Nogueira
O motorista de ônibus Luiz Carlos Ribeiro teve ferimentos na cabeça e nos braços provocados por socos dados por Leonardo Costa Nogueira Foto: Reprodução

Bastante ferido e com um corte profundo na testa, Luiz Carlos Ribeiro só conseguiu prestar depoimento também nesta quarta-feira. Ele relatou como se deu o acidente e as agressões, que ocorreram na última terça-feira e foram gravadas pela câmera do veículo.

— Eu vinha na Rua Rio Grande do Sul e dei passagem para dois carros que estavam saindo de uma ruazinha à direita. Assim que o segundo passou, eu fui atrás na intenção de o carro de trás (o do agressor) dar passagem para os outros que queriam entrar. Ele não esperou e jogou o carro em cima da calçada, meio carro na calçada, meio carro na rua, e forçou passagem — disse o motorista agredido, em entrevista à TV Globo. — E eu não vi. A gente tem um ponto cego. Quando eu puxei, imprensei a porta dele. Ele já entrou me agredindo. Ele me deu o primeiro soco. Eu bati na lateral do carro. Quando eu voltei ele deu o segundo. Eu me protegi e ele acertou os dois braços com o soco-inglês. Os passageiros pularam a roleta, começaram a gritar, chamando de covarde. Ele viu a situação e fugiu, desceu correndo.

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Os investigadores analisaram as imagens da agressão e não conseguiram identificar o uso de um soco inglês por Leonardo. Em nota, o Sindicato dos Rodoviários do Rio de Janeiro informou que está acompanhando o caso para tomar as medidas legais cabíveis e repudiou a agressão sofrida por Luiz Carlos Ribeiro.



Fonte: Fonte: Jornal Extra