Servidora do TJPR é suspeita de falsificar documentos e desviar dinheiro de contas judiciais


Uma servidora do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) foi apontada pela Polícia Civil do Paraná (PCPR) como suspeita de desviar dinheiro de contas judiciais. Uma operação foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (16), em Curitiba, para cumprir dois mandados de busca e apreensão. Além da servidora, a polícia investiga a participação de um ex-companheiro dela e outras cinco pessoas. O nome da servidora não foi revelado pela PCPR.

 

Operação da PCPR foi deflagrada nesta sexta-feira – Foto PCPR

 

Segundo as investigações, a servidora se utilizava do cargo dela para falsificar documentos e desviar os valores das contas judiciais. “Ela induzia e mantinha em erro os demais servidores do poder judiciário para obter estes valores. Supostamente, ela falsificava estes alvarás colocando o nome destas pessoas que tinham um convívio com ela para levantar este dinheiro depositado em contas-correntes da Justiça”, destacou o delegado Rafael Bacelar, da Divisão Estadual de Combate a Corrupção (Decor), à Banda B.

Diversos eletrônicos e objetos de alto valor foram apreendidos na ação desta sexta-feira. Estes objetos teriam sido dados pela servidora e seu ex como presentes. Além disso, os investigados também tiveram o bloqueio de contas e bens. “Ao menos em tese, ela teria subtraído bolsas, aparelhos celulares, e demais objetos de valor que estavam apreendidos em outros processos judiciais presentes naquela Vara Criminal. Com isto, eles teriam cometido os crimes de associação criminosa e peculato. Talvez, o crime de falsificação de documentos públicos e falsidade ideológica”, completou.

 

PCPR cumpriu mandados nesta sexta-feira – Foto PCPR

 

De acordo com as investigações,  foram desviados mais de R$ 104 mil em pelo menos sete operações bancárias diferentes entre os meses dezembro de 2019 e março de 2020. A servidora é que teria feito os desvios, aponta a PCPR, nas primeiras informações divulgadas. “Há indícios de que por ela ser a única responsável pela emissão dos alvarás como pela custódia destes objetos apreendidos na vara criminal, ela teria se apropriado deles para se enriquecer ilicitamente as custas do Estado”, concluiu Bacelar.

 

Casa alvo da operação da PCPR – Foto PCPR

 

A Banda B procurou a assessoria do TJPR que informou que há mais de um mês a própria juíza da Vara onde ela estava lotada levou o caso à Corregedoria, que logo afastou a servidora e renovou esse afastamento recentemente. O caso será julgado pelo Conselho da Magistratura em breve.

 

 



Fonte: Banda B