Conhecido como serial killer da Baixada Fluminense, Sailson José das Graças, de 33, foi condenado nesta terça-feira pela 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, a 21 anos de prisão pela morte de Raimundo Basílio da Silva, ocorrida em 2014. A condenação foi obtida pela 1ª Promotoria de Justiça, que atua junto ao respectivo juízo responsável pela sentença.
De acordo com a denúncia, ajuizada em 2017 pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), na madrugada de 30 de novembro de 2014, o denunciado foi à casa da vítima e a atacou com golpes de faca, lhe provocando 13 feridas. O homicídio teria sido cometido porque uma namorada de Sailson teria falado que Raimundo havia tentado a estuprar.
Cleusa Balbina de Paula, namorada de Saílson na época, também foi condenada pela 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu.
Ainda de acordo com a acusação, a ré concorreu diretamente para a prática do crime, fornecendo dinheiro para comprar um facão, e ainda acompanhou o assassino até a casa da vítima, além de vigiar o local do crime.
Segundo o promotor de Justiça Bruno de Faria Bezerra, responsável pela sustentação, as teses da defesa técnica de Sailson, sustentadas pela Defensoria Pública, foram rechaçadas pelo conselho de sentença, como a negativa de autoria e, em especial, a alegação de semi-imputabilidade do acusado Sailson (que teria sido reconhecida em outros júris envolvendo o mesmo réu).
Esta não é a primeira condenação de Sailson. Em janeiro de 2021, ele havia sido condenado a 16 anos e quatro meses de prisão pela morte de Francisco Carlos Chagas.
Ao ser preso, em dezembro de 2014, quando tinha 26 anos, ele disse ter sido o responsável por 43 assassinatos, ocorridos num período de nove anos, e que teria ainda uma lista com nomes de pessoas marcadas para morrer.
A Polícia Civil investigou a série de crimes supostamente praticada por Sailson e considerou o número exagerado. Ele foi apontado como tendo participado de pelo menos seis assassinatos e quatro tentativas de homicídio. Todos os crimes ocorreram em Nova Iguaçu, nos bairros de Santa Rita e Corumbá.
Um dos casos foi justamente a morte de Francisco Carlos Chagas, morto com com golpes de faca no dia 23 de outubro de 2014. Cleusa Balbina de Paula, que era sua companheira na época, teria influenciado Saílson a executar Francisco. Ela foi condenada a uma pena 12 anos e sete meses por conta do mesmo crime.
Fonte: Fonte: Jornal Extra