Presa com drogas, Evellyn fez jantar para a Família Brittes e está com processo suspenso no Caso Daniel


Presa com três quilos de maconha na noite desta quinta-feira (6), em Curitiba, a jovem Evellyn Brisola Perusso, de 20 anos, ficou conhecida em novembro de 2018 por envolvimento no crime que matou o jogador Daniel Corrêa Freitas. Amiga de Allana Emilly Brittes, Evellyn foi convidada para o aniversário ocorrido em uma casa noturna e foi posteriormente até o ‘after’ na casa da Família Brittes, em São José dos Pinhais, onde teria ‘ficado’ com Daniel horas antes ao crime. Na ocasião, ela admitiu que cozinhou um estrogonofe de jantar para os envolvidos.

(Foto: Banda B)

Pronunciada por fraude processual em fevereiro deste ano, Evellyn então recorreu pedindo a suspensão condicional do processo, já que passou a cumprir os requisitos de um crime de menor potencial. O Ministério Público do Paraná (MP-PR), então, propôs a ela a suspensão do processo em troca do cumprimento de 270 horas de serviços comunitários. O acordo foi firmado há menos de um mês.

A prisão da noite desta quinta, porém, pode fazer com que o processo dela no Caso Daniel volte a tramitar por descumprimento do acordo, como aponta a Lei 9.099/95. “A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano”, aponta o § 3º do Art. 89 da lei.

Com a retomada, Evellyn pode voltar a figurar entre os réus do Caso Daniel e responder pela fraude processual no Tribunal do Júri de São José dos Pinhais.

Prisão

Evellyn Brisola Perusso, de 20 anos, foi presa com cerca de três quilos de maconha em uma bolsa após uma abordagem das Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone). Ela foi detida na noite desta quinta-feira (6), no bairro Fazendinha, em Curitiba.

De acordo com o sargento De Oliveira, da Rone, uma equipe fazia patrulhamento pelo bairro quando viu Evellyn desembarcando de um veículo. Ela demonstrou nervosismo e lançou uma bolsa ao chão. “A abordamos e encontramos cerca de três quilos de maconha dentro da bolsa. De início, ela disse que não sabia da procedência da droga, mas afirmou que estaria fazendo uma entrega a um amigo e ao namorado de uma amiga”, explicou De Oliveira.

Em nota, o escritório Pereira Jorge, Zagonel e Torres, na qualidade de defensor de Evellyn Brisola Perusso, “manifesta-se que ainda não teve ciência de todas as circunstâncias da prisão de sua cliente ocorrida na data de ontem e, por conta disso, neste momento, não tem nada a declarar.”

Caso Daniel

Segundo a denúncia do Ministério Público do Paraná, o jogador Daniel Correa Freitas participava das comemorações de aniversário da filha de Edison, Allana Brittes, que havia completado 18 anos. Após passar a noite em uma casa noturna do bairro Batel, Daniel foi convidado para um ‘after’ na casa da família Brittes, onde o crime aconteceu.

Edison Brittes confessa a morte de Daniel e afirma que tomou a medida extrema após encontrar Daniel na cama com Cristiana. O jogador então foi brutalmente espancado e levado no porta-malas de um Veloster até a Colônia Mergulhão, onde foi morto com um corte no pescoço e o pênis decepado.

Com a pronúncia, vão responder por homicídio triplamente qualificado: Edison Brittes Junior, David Willian Vollero Silva, Eduardo Henrique Ribeiro da Silva e Ygor King. Destes, apenas Edison permanece preso.

Allana Brittes vai responder no júri por fraude processual, corrupção de menor e coação no curso do processo. Cristiana Brittes responde por fraude processual, corrupção de menor e coação no curso do processo. Já Evellyn Brisola Perusso responde por fraude processual.

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Fonte: Banda B