Por pena maior, pais de ciclista morto há dois anos em Curitiba tenta mudar local de audiência pública


Familiares e amigos do ciclista Arthur Pugliesi, morto após ser atropelado na Avenida Comendador Franco, em Curitiba, há dois anos, realizaram uma manifestação em frente ao Tribunal de Júri da capital no início da tarde deste sábado (4). A defesa luta para que o caso seja julgado no local. (Assista ao vídeo no final)

José Cláudio e Maria Pugliesi, pais de Arthur.
Foto: Djalma Malaquias.

A audiência para julgamento do caso foi marcado para o mês de outubro deste ano na Vara de Delitos de Trânsito, como a Banda B informou recentemente. O advogado Rodrigo Cunha, porém, quer que ela seja transferida para a Vara Privativa do Tribunal do Júri de Curitiba.

“Pretendemos colher elementos probatórios para que consiga retirar o caso da atual Vara e levar para o Tribunal de Júri”, disse em entrevista para a Banda B esta tarde no local dos protestos. Segundo ele, lá “a pena pode ser maior”.

“É o que pretendemos. O motorista estava em alta velocidade, praticamente o dobro da velocidade permitida naquela via, que é de 40 quilômetros por hora”

disse o advogado da família de Arthur.

“Foi um grave atropelamento que aconteceu naquele dia e temos elementos de sobra, além de provas produzidas ao longo do processo, em laudos particulares, investigação através do escritório de advocacia”, complementou ele.

Pais pedem Justiça

Os pais de Arthur, José Cláudio e Maria Pugliesi, que moram em São Paulo, viajaram até Curitiba para a manifestar por Justiça pela morte do filho deles. Passados dois anos do acontecimento, eles seguem inconformados e pedem por Justiça.

“Não foi um acidente, aquilo foi um assassinato”

declarou emocionado o pai do ciclista.

Segundo ele, Arthur era extremamente presente na vida do casal, apesar de morar em outro estado. “Nós moramos em São Paulo e ele estudava aqui em Curitiba, mas não tinha um dia sequer que ele não ligasse para nós pedindo bênção.”

A mãe relembra as qualidades do filho e da dor da perda de Arthur. “Um filho maravilhoso, estudioso, dedicado, obediente, um irmão, um amigo, um companheiro, amigo de todas as horas pra tudo. Nada vai trazer ele de volta”, disse.

Os manifestantes usaram camisetas em homenagem a Pugliesi.
Foto: Djalma Malaquias.

Alguns amigos também estiveram na manifestação, com bicicletas e faixas, além de usar camisetas com o rosto de Arthur estampado. Um deles o primeiro colega de quarto do ciclista na Casa do Estudante, Lucas de Freitas.

Para ele, Arthur era uma pessoa muito boa. “Era religioso, levava a palavra de Deus, era atleta, um dos mais dedicados da turma dele, era amigo de todo mundo, sempre pregava o bem e foi uma perda muito grande.”

Em nome dos amigos, Lucas pediu o apoio de todos na luta por uma vitória da família no caso. “Se a população começar a cobrar a Justiça, a gente acredita que as autoridades vão realmente fazer a Justiça nesse caso.”

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Fonte: Banda B