Polícia interdita fábrica que vendia produtos de limpeza falsificados a hospitais do Rio e prende o dono


Uma fábrica clandestina que vendia produtos de limpeza adulterados para desinfetar hospitais do Rio foi interditada por policiais da Delegacia de Crimes Contra o Consumirodor (Decon), em Bento Ribeiro, na Zona Norte do Rio.Um homem que seria o dono da fábrica foi detido na posse de mais de mil litros de produtos adulterados, segundo os policiais.

Ainda de acordo com a polícia, dentro dos galões dos produtos que serviriam para higienização dos hospitais havia mais água do que desinfetante ou álcool hospitalar. A intenção seria aumenter os lucros. No entanto, os produtos comercializados não garantiam eficácia, além de colocar em risco funcionários e pacientes.

Durante as investigações, os policiais apuraram que entre os clientes da fábrica estava o Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), localizado em Vila Isabel, também na Zona Norte da cidade. Os policiais estiveram na unidade, onde apreenderam centenas de litros dos produtos de limpeza que estavam estocados no local.

Rótulos e conteúdo eram adulterados, segundo a Polícia
Rótulos e conteúdo eram adulterados, segundo a Polícia Foto: Reprodução

A comercialização dos produtos de limpeza falsificados chegou ao conhecimento da polícia através de denúncia anônima. Segndo o RJ2, da TV Globo, o dono da fábrica foi identificado como Carlos Henrique Dias Mendes.

Ele seria ex-funcionário de uma fábrica de produtos de limpeza e se apresentava como representante da marca, da qual comprava os produtos pela internet, como cliente comum, sem o conhecimento do antigo chefe. Depois trocava as embalgens, preenchia parte do produto original com água e revendia mais barato, falsificando também o rótulo.

Ainda segundo a reportagem, o acusado responderá por crimes contra o consumidor e a saúde pública, estelionato e falsificação de documentos.

—Nós já havíamos apreendido na sexta-feira mais de mil litros de produtos adulterados. As investigações estão prosseguindo para saber quais locais efetivamente foram comercializados. Esse indivíduo pode pegar até dez anos de prisão pelos crimes que foram praticados e já está indiciado pela Polícia Civil — disse o delegado André Neves, em entrevista ao RJ2.



Fonte: Fonte: Jornal Extra