Polícia faz operação contra milícia na exploração de construções irregulares na Gardênia Azul


A Polícia Civil deflagrou uma operação, na manhã desta terça-feira, dia 24, para combater a ação da milícia na exploração de construções irregulares na Gardênia Azul, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Pelo menos 50 agentes da força-tarefa cumprem 23 mandados de busca e apreensão em 22 endereços ligados ao grupo criminoso. Um dos locais é a residência de um empresário no Condomínio Rio 2, na Barra da Tijuca. Na ação, que tem o objetivo de apurar a prática de crimes ambientais, parcelamento irregular ou clandestino de solo urbano e lavagem de dinheiro, não há nenhum mandado de prisão expedido pela Justiça.

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Segundo as investigações, a organização criminosa usava laranjas para ficarem a frente das construções. Depois que ficavam prontas, as unidades eram vendidas pelo preço de R$ 150 mil, podendo o lucro chegar a cifra de R$3,6 milhões só com dois prédios.

Conforme a Polícia, as construções são erguidas sem nenhum comprometimento com projetos de engenharia, arquitetura ou urbanismo, muito menos há a preocupação de estabilizar o terreno. O prédio investigado ocupa uma área de 10.000 m2, sendo que 7.000m2 de área desmatada para a realização das construções.

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— Através da investigação, nós suspeitamos que os investigados estão atuando como laranjas, uma vez que se colocaram a frente das construções sem, no entanto, ter um lastro financeiro para suportar tal condição. Outros intermediaram as vendas dessas unidades sem nenhuma experiência profissional, sem sequer terem cadastro no Conselho Regional de Corretores de Imóveis — diz o delegado Mario Andrade, que está à frente do caso, ao “Bom Dia Rio”, da TV Globo.

A polícia cumpriu 23 mandados de busca e apreensão em residências na Zona Oeste do Rio
A polícia cumpriu 23 mandados de busca e apreensão em residências na Zona Oeste do Rio Foto: Reprodução/TV Globo

A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), com apoio de equipes policiais do DGPE, busca apreender armas, telefones, computadores, bens e valores, e identificar colaboradores com a milícia. Conforme a polícia, as investigações prosseguem com o objetivo de identificar os participantes e decretar da prisão cautelar de todos os envolvidos.

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Fonte: Fonte: Jornal Extra