Polícia diz que serial killer agia há pelo menos três anos e parece gostar da fama


A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) acredita que José Tiago Correia Soroka, que foi preso pela morte de pelo menos três homossexuais, vinha cometendo crimes há mais de três anos em Curitiba. A informação foi confirmada pelo delegado Tiago Nóbrega, em coletiva de imprensa concedida neste sábado (29). À polícia, o apontado como serial killer confessou os crimes, mas informou que só repassaria informações sobre mortes que já são de conhecimento da Polícia Civil.

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De início, Soroka assumiu a autoria dos assassinatos de David Júnior Alves Levisio, em 27 de abril, e de Marco Vinício Bozzana da Fonseca, em 4 de maio, ambos em Curitiba. No estado de Santa Catarina, ele confessa a morte de Robson Olivino Paim, no dia 16 de abril, em Abelardo da Luz. Ele ainda admite a tentativa de homicídio ocorrida no dia 11 de maio, no bairro Bigorrilho.

Segundo Nóbrega, o suspeito não quis dar detalhes de crimes ainda não apontados pela investigação. “Ele disse que iria confessar tudo o que a polícia já sabe, mas que não falaria de mais nada. A vítima que nós temos conhecimento mais antiga é de 2018. Podem existir vítimas mais antigas? Podem existir, mas não temos conhecimento. A gente acredita, porém, que possam existir vítimas anteriores”, explicou.

Durante o interrogatório, Soroka ainda demonstrou gostar dos momentos de fama gerados por sua procura. “Ele deu a entender que estava gostando dos cinco minutos de fama, no meu ponto de ver. De algum modo, isso parece causar uma adrenalina, uma certa emoção pelo que estava fazendo e, para uma das vítimas, até mesmo se vangloriou de ser o serial killer que estava aparecendo na TV”, disse.

Segundo a polícia, o detido é frio e detalhista no relato dos crimes e demonstra lucidez sobre tudo.

Serial killer

Nóbrega ainda garantiu que não há dúvidas quanto ao enquadramento de serial killer para Soroka. “Muitos doutrinadores divergem se seriam dois, três, quatro crimes para uma definição assim, mas entre tentados e consumados já temos seis ou sete crimes com mesmo modus operandi, então cabe sim a ele”, concluiu.

A DHPP segue investigando o caso e procura eventuais mais vítimas.





Fonte: Banda B