Polícia apreende carros de luxo e prende quadrilha de um dos maiores estelionatários do Rio


Uma quadrilha de estelionatários foi presa em flagrante por policiais da 12a DP (Copacabana) nessa quarta-feira, suspeita de aplicar fraudes bancárias. Na ação, que terminou com nove presos, foram apreendidos três carros de luxo – uma BMW, um Audi e um Renegade.

Parte do grupo foi preso quando deixava uma casa alugada por eles no bairro do Joá, na Zona Sul do Rio. O imóvel de luxo foi alugado por dois dias pelo valor de 2,3 mil a diária.

André Alves da Silva, apontado como chefe do grupo, foi preso em sua casa no Recreio dos Bandeirantes. Ele é apontado pela polícia como um dos maiores estelionatários do Rio, especializado em fraudes com cartões bancários. Em 2014, André foi investigado pela Polícia Civil do Rio por clonar cartões com chip, algo totalmente inovador à época. Ele foi condenado a 20 anos de prisão por organização criminosa, estelionato e furto qualificado. André estava em prisão domiciliar desde novembro do ano passado.

Outro integrante da quadrilha, o programador de sistemas Juliano Luis Salvi, foi preso em um hotel na Barra da Tijuca. No local, os policiais ainda cumpriram um mandado de busca e apreensão. Foram apreendidos dois HDs externos. Juliano é de Porto Alegre. Além dele, Aparecido Robério Rodrigues de Oliveira também é programador de sistemas e residia em São Paulo. Os dois foram trazidos ao Rio para atuar com o grupo.

Seis presos – Juliano, André, Aparecido Robério, Antonio Nilson Vieira da Costa, Francisco Henrique Viana da Silva e Thiago Conceição dos Santos – foram autuados em flagrante por organização criminosa. Pablo Luiz Brandão de Oliveira e Pedro Brandão Lima foram autuados por tráfico de drogas. Já Victor Hugo Feliciano Marques responderá por rufianismo (crime cometido por quem lucra com a prostituição, popularmente conhecido como cafetão).

Durante a abordagem dos policiais, o motorista do Renegade fugiu com o carro em movimento, causando um acidente de trânsito na altura da favela da Rocinha, em São Conrado.

O grupo é suspeito de fraudes bancárias, uma delas desenvolvida para obter dados bancários de vítimas. A 12a DP abriu uma nova investigação para apurar os golpes cometidos pela quadrilha. Um dos presos fazia parte de um grupo de WhatsApp chamado Veteranos 171, número que faz alusão ao artigo do Código Penal no qual está previsto o crime de estelionato.

Na semana passada, a Delegacia de Copacabana prendeu outra quadrilha de estelionatários em uma casa de luxo em São Conrado, na Zona Sul do Rio. Segundo as investigações da polícia, o grupo comprava dados bancários vendidos por outros estelionatários em grupos no WhatsApp e realizava compras pela internet.

Parte dos presos, no momento em que foram abordados
Parte dos presos, no momento em que foram abordados Foto: Reprodução



Fonte: Fonte: Jornal Extra