Um erro de dois policiais militares acabou provocando uma situação pra lá de constrangedora na quinta-feira (26), em Curitiba. Os PMs foram até a casa do juiz Eduardo Lino Bueno Fagundes Júnior, da 1ª Vara de Execuções Penais da capital, e deram voz de prisão ao magistrado. Só não perceberam que o nome do juiz aparecia como quem expediu o mandado e não como o alvo que deveria ser preso. A confusão foi percebida ainda no local.

Tribunal de Justiça do Paraná – Divulgação

O mandado havia sido emitido pelo juiz Fagundes Júnior horas antes. Fez isso e foi almoçar em casa. Lá, foi surpreendido pelos policiais. Foi o próprio magistrado que, ao pedir para ver o mandado na tela do celular de um dos PMs, mostrou aos dois que ele não era o alvo. Constrangidos, os PMs foram embora.

O caso foi relatado ao Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR), que abriu uma investigação. Em nota, o TJ-PR informou:

A respeito do caso envolvendo o Juiz da Vara de Execuções Penais de Curitiba que recebeu voz de prisão na semana passada, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) informa que não há mandado de prisão contra o magistrado, e que a ordem verificada era contra outra pessoa.

O TJPR presta solidariedade ao Juiz e, por determinação do Presidente do Tribunal, Desembargador José Laurindo de Souza Netto, instaurou investigação pela Comissão Permanente de Segurança para apuração dos fatos”, diz a nota.

O Comando-Geral da Polícia Militar abriu um processo-administrativo sobre a conduta dos policiais. O espaço está aberto para a manifestação da PM-PR.