Pelo telefone, ex-marido negociou morte de gerente da Caixa e apontou horário que ela saía de casa


Uma interceptação telefônica, obtida no âmbito de operação que investiga o tráfico de drogas na região de Curitiba, aponta o ex-marido como principal suspeito pela morte de Tatiana Lorenzetti, de 40 anos, que foi assassinada a tiros no começo da tarde desta segunda-feira (28). Na transcrição, que foi juntada ao inquérito policial, é possível identificar uma negociação financeira para que o crime fosse cometido. Na troca de mensagens, o suspeito chega até mesmo a apontar o horário que a ex sairia de casa para o trabalho.

Para o Ministério Público do Paraná (MP-PR), a conversa interceptada entre o ex-marido e o intermediador do crime demonstra a “clara intenção” de matar Tatiana para obter a guarda da filha e se tornar controlador de uma possível indenização que a menor é beneficiária, decorrente de seguro de vida

Confira trecho da mensagem:

Reprodução

Investigação

Segundo a Polícia Civil, duas pessoas foram presas nesta terça-feira (29) suspeitas de envolvimento no crime. O autor do disparo morreu após o crime em confronto com a Polícia Militar.

Inicialmente, o caso foi tratado como latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Ainda na segunda-feira (28), porém, o caso foi repassado à Delegacia da Mulher, que investiga um suposto crime de feminicídio.

Caso é investigado pela Delegacia da Mulher (Foto: Eliandro Santana)

Na tarde desta terça, o ex-marido é ouvido pela Polícia Civil.

Crime

Tatiana Lorenzetti era gerente da Caixa Econômica Federal (CEF) e foi baleada na cabeça depois de entregar a bolsa para um suspeito, que mesmo sem reação da vítima atirou. O crime aconteceu, nesta segunda-feira (28), quando a mulher saía do banco, na Rua Desembargador Ernani Guaritá Cartaxo, no bairro Capão Raso, em Curitiba.

No local, familiares levantaram a hipótese de um crime passional, tendo em vista a medida protetiva que a gerente tinha contra o ex-marido.



Fonte: Banda B