Pedreiro morre em tiroteio no Complexo do Lins, Zona Norte; policial também fica ferido


Um pedreiro morreu e outras duas ficaram feridas, entre elas um policial, nesta sexta-feira, após um tiroteio entre policiais e bandidos do Complexo do Lins, na Zona Norte. Francisco Paulo de Carvalho, de 55 anos, chegou a ser socorrido para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu. Irmão da vítima, o vigia Francisco Alves de Carvalho, de 54 anos, disse que um policial atirou em Francisco.

— O moleque perto do meu irmão correu e os policiais atiraram no meu irmão. Eram só dois policias. Não tinha operação, troca de tiro, nada. Os policiais mataram meu irmão covardemente. Deram um tiro de 762. Acho uma covardia da polícia fazer isso. Ela é paga para proteger a gente. Não é para matar, mas está matando mais do que bandido — desabafou Francisco.

Francisco disse ainda que o sobrinho chegou a pedir ajuda aos policiais para que socoressem seu pai:

— Meu sobrinho chegou na hora e falou: “Não vão ajudar a socorrer meu pai?”. O policial respondeu: “Isso acontece. Se vira”. Meu sobrinho colocou ele no carro, levou para o Salgado Filho, mas ele já chegou morto. Se ele estivesse na hora da troca de tiro, a gente até se conformaria, porque seria lohar e hora errados. A gente apoia o trabalho da polícia, mas desse jeito nao dá para apoiar. Na hora que mataram ele, deram uns tiros para o alto para dizer que era operação, mas não era. Não confio mais em PM.

Francisco Alves disse que irmão foi morto covardemente
Francisco Alves disse que irmão foi morto covardemente Foto: Cléber Júnior / Agência O Globo

Francisco tinha seis filhos e completaria 56 anos na próxima terça-feira.

A Polícia Militar informou que equipes da UPP/Lins se deslocavam para a base Cachoeirinha, pela Rua Zizi, quando foram atacados a tiros por criminosos da Comunidade do Gambá.

Além de um policial, atingido nas nádegas, outro morador também ficou ferido. Ambos foram socorridos ao Hospital Marcílio Dias e, em seguida, transferidos para o Hospital da PM e o Hospital Municipal Salgado Filho, respectivamente. A Delegacia de Homicídios investiga o caso.

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Fonte: Fonte: Jornal Extra