Onda de arrastões revolta donos de bares no Batel; empresários pedem segurança no lockdown


Uma onda de arrastões tem revoltado empresários no bairro Batel, em Curitiba. Imagens enviadas à Banda B nesta sexta-feira (26) mostram uma série de crimes ocorrida durante os últimos dias. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar), Fábio Aguayo, o agravamento da pandemia também deixou a segurança pública fora de controle, principalmente neste período de maior restrição.

 

Resultado dos arrastões. Foto: Colaboração

 

A bandeira vermelha em Curitiba (risco de alerta máximo contra a Covid-19) permite que restaurantes e lanchonetes abram das 10 às 20 horas, em todos os dias da semana, mas sem consumo no local. A partir das 20 horas começa o toque de recolher para a população, mas para os empresários é o momento de ligar o alerta.

“A noite vira ‘The Walking Dead’, porque só tem ‘zumbi’ na rua. Os caras estão simplesmente depredando e roubando tudo. Não pode deixar uma lata de lixo para fora do restaurante que eles levam”, disse um empresário que optou por não ser identificado.

 

Resultado dos arrastões. Foto: Colaboração

 

Durante a entrevista, o empresário explicou que os maiores ataques acontecem na região da Avenida Vicente Machado. Ele relatou que os bandidos levaram do seu estabelecimento diversos toldos e fios de iluminação avaliados em R$ 15 mil, aproximadamente. Ainda, os criminosos depredaram a fachada do bar que é dono.

“De dia, sobra policial para fazer a lei ‘absurda’ do lockdown. Se eu abrisse o meu restaurante, com certeza eles me mandariam fechar, além de me multar porque eu quero trabalhar. Hoje, no entanto, a bandidagem têm tranquilidade para trabalhar na rua. Há lugares que eles entram e depredam, outros só roubam. Mas todos sabem quem são e ninguém faz nada”, desabafou.

Segurança pública fora de controle

Fábio Aguayo foi enfático ao dizer que as restrições econômicas somadas aos prejuízos da insegurança tornam os negócios insustentáveis. No entanto, para o presidente da Abrabar o pior ponto destas questões é a sensação de impotência diante da sequência de roubos já que, segundo ele, as pessoas são desestimuladas a denunciar.

“Às vezes, as pessoas são tratadas inadequadamente porque ouvem que o boletim de ocorrência (BO) não vai dar resultado; é só mais um. O estado, por sua vez, precisa destes índices para fazer o mapeamento das ações dos marginais. No entanto, o policiamento não está cuidando disto, mas sim de outras coisas que não é a proteção ao patrimônio”, iniciou.

 

 

Resultado dos arrastões. Foto: Colaboração

 

No fim, Aguayo lamentou os diversos prejuízos aos empresários do ramo do entretenimento na Grande Curitiba.

“O vandalismo está passando dos limites e a gente precisa dar um basta com um trabalho de inteligência e prevenção”, concluiu à Banda B.

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Fonte: Banda B