Uma mulher foi presa após ter sido flagrada abandonando um cachorro no final da tarde deste domingo (17), em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Ao ser detida, nesta segunda-feira (18), ela confessou o crime e disse que “não aguentava mais cuidar do animal”.
“A mulher para o carro, sai, deixa um cachorrinho e se retira. O cachorro tenta ir atrás, mas depois desiste. Recebemos esse vídeo e imediatamente foi acionada a equipe de investigação”, disse o delegado Matheus Laiola, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), em uma transmissão ao vivo no Facebook por volta das 18h.
Além de Laiola, o delegado Bruno Lima, de São Paulo, também participou das ações que terminaram com a criminosa presa. Ambos aparecem com o animal em um vídeo publicado no Instagram (@delegado.matheuslaiola).
Segundo o titular da DPMA, a polícia esteve na casa da suspeita e o carro que aparece nas imagens foi visto estacionado. “Após alguma diligências, fizemos uma entrevista e ela acabou confessando que estava cansada de cuidar do animal pois só ela cuidava dele… e então abandonou”, acrescentou.
Minutos depois de ter confessado o crime de maus-tratos, a mulher foi presa em flagrante.
Resgate
A Polícia Civil se dirigiu ao local onde a mulher abandonou o animal e conseguiu encontrá-lo na região. “Ele estava muito nervoso, tremendo, com fezes pelo corpo e urinado”, afirmou Matheus.
O cão foi levado para um lar de acolhimento e ficará no local temporariamente.
Investigação
Na delegacia, a suspeita relatou o ocorrido e alegou estar arrependida de ter abandonado o cão. No entanto, ela foi encaminhada ao sistema penitenciário. “Quem pratica maus-tratos tem que responder pelo crime. De acordo com a lei, abandono é crime e dá cadeia”, concluiu o delegado.
Maus-tratos
No final de setembro do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou o Projeto de Lei 1.095/2019, que aumenta e endurece a punição para quem praticar o ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais.
A legislação abrange animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, incluindo, aí, cães e gatos, que acabam sendo os animais domésticos mais comuns e as principais vítimas desse tipo de crime. A nova lei cria um item específico para esses animais. Através desta, a reclusão pode ser de dois a cinco anos, além de multa e proibição de guarda para quem praticar.
Fonte: Banda B