Buzinas, gritos e o som de latinhas batendo no asfalto preencheram as ruas de Ceilândia na noite da última terça-feira (25/1). Dentro de um Ford Ka preto, a motorista comemorava a liberdade recém adquirida. Em rosa, nos vidros do carro, as palavras: “Enfim, divorciada”, eram recebidas por aplausos de vizinhos e curiosos que tentavam descobrir o motivo de tanto barulho.

Foi logo após a notícia de que seu casamento de 36 anos e 8 meses tinha, enfim, acabado que Tânia Lacerda, de 55 anos, precisou “gritar ao mundo” sobre sua “libertação”.

“Precisava gritar para os quatro cantos do mundo que estava liberta de muita coisa que eu passei”, disse aos prantos.

Os curiosos não imaginam que a técnica de enfermagem aposentada do Hospital de Base aguentou ameaças, agressões e muito medo dentro de um relacionamento abusivo com o ex-marido. “Eu tinha muito medo do que poderia vir a me acontecer. Essa minha insegurança me levou por tantos anos. Escondi muitas coisas da minha própria família. Como eu me permiti que tanta coisa de ruim acontecesse comigo?”, questiona.

O vídeo, divulgado pela própria Tânia em seu perfil no Instagram, simboliza uma vitória contra o medo de tornar-se a próxima vítima de feminicídio no DF.

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