De acordo com a denúncia, aceita pela Justiça, o tenente-coronel Gilmar Tramontini da Silva, hoje no GSI, teria ordenado a execução de Rayane Nazareth Cardozo da Silveira após forjar uma operação.
Por Rafael Nascimento, g1 Rio
Gilmar Tramontini da Silva, tenente-coronel, que em 2021 era comandante do 7º BPM (São Gonçalo) — Foto: Divulgação
Gilmar Tramontini da Silva, tenente-coronel, que em 2021 era comandante do 7º BPM (São Gonçalo) — Foto: Divulgação
Na denúncia do Ministério Público do Rio (MPRJ) contra 11 PMs pela morte de Rayane Nazareth Cardozo da Silveira, a Hello Kitty, de 21 anos, e de outros três homens, a promotora Renata de Vasconcellos Araújo Bressan sustentou que quem mandou matar a traficante foi o então comandante do 7º BPM (São Gonçalo), o tenente-coronel Gilmar Tramontini da Silva.
Os quatro foram mortos durante uma operação policial Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, em julho de 2021. À época, Kitty era a mais procurada do estado pelos crimes que cometia.
A Justiça do Rio aceitou a denúncia, e o grupo virou réu por homicídio com agravante. Todos os PMs foram afastados das ruas no dia 28 de fevereiro, segundo a PM.
No dia da operação também morreram: Alessandro Luiz Vieira Moura, de 40, o Vinte Anos; Mikhael Wander Miranda Marins, de 30, e Victor Silva de Paula Faustino, de 21.
O MP destacou na denúncia que o grupo sabia onde estava Hello Kitty e o carro que ela usaria no dia em que foi atacada ao lado do seu bando. Além disso, o MP lembra que os policiais teriam forjado um sequestro de uma família para infringir a ADPF das Favelas que restringe a realização de operações no estado do Rio, exceto em hipóteses de emergência e excepcionalidade.
Fonte: Cabo Frio em Foco