O motorista Valdir das Mercês Junior foi denunciado por homicídio doloso triplamente qualificado pelo atropelamento e pela morte do sub-tenente do Corpo de Bombeiros Gilson Castro Silva, de 58 anos, no dia 1º de janeiro, em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Para os promotores da 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial da área Botafogo e Copacabana, Valdir matou o sub-tenente motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. .
As imagens obtidas durante a investigação mostram que a vítima foi arrastada por mais de 50 metros pela via antes que o motorista parasse o ônibus. De acordo com o MP, o motorista ficou incomodado com a atitude da vítima, que, parada em frente ao ônibus, impedia seu prosseguimento. Na denúncia os promotores narram que o motorista deu pequenas aceleradas contra Gilson para ele sair da frente, e, pouco depois, acelera o veículo contra a vítima, que é derrubada, arrastada e esmagada pelo ônibus.
Inicialmente, o caso foi registrado como homicídio culposo. Com o inquérito, os policiais constataram que “houve clara intenção do motorista em atropelar a vítima”. Após análise de vídeos e depoimentos prestados por testemunhas que presenciaram o atropelamento, Valdir foi indiciado pela prática de homicídio doloso duplamente qualificado, por motivo fútil e por recurso que tornou impossível a defesa da vítima.
O motorista estava em prisão temporária, com prazo de 30 dias, após pedido do delegado titular da 12ª DP, André Leiras, ao plantão judiciário, no último dia 2. Mas a prisão foi convertida em preventiva após o indiciamento da Polícia Civil.
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Ao fazer o pedido de prisão temporária, há 10 dias, o delegado explicou:
— Em menos de 24 horas, conseguimos reunir provas robustas que mostram o oposto do que foi narrado pelo motorista do ônibus em sua oitiva: os vídeos e as testemunhas confirmam que houve clara intenção do motorista em atropelar a vítima, com o objetivo que ele saísse da frente do veículo, inclusive a arrastando por alguns metros — disse André Leiras.
Fonte: Fonte: Jornal Extra