Quatro anos depois, a morte de Pedro Felipe Lopes da Luz segue sem conclusão. O adolescente de 16 anos foi esfaqueado em 7 de julho de 2017, ao tentar defender um amigo que tinha se envolvido em uma confusão com Allan Romero Feijó, de 19 anos, dentro de um biarticulado de Curitiba. A mãe de Pedro, Andrea Lopes de Oliveira, desabafou à Banda B nesta quarta-feira (7) e pediu que “justiça seja feita”.
Na ocasião, a vítima voltava do colégio onde estudava no bairro Cristo Rei, na capital. Acompanhado da namorada e de amigos da escola, o jovem pagou sua passagem em uma estação-tubo e se preparava para embarcar no coletivo quando a confusão com o amigo dele aconteceu. O amigo teria tentado entrar no biarticulado sem pagar passagem.
“Ele assassinou meu filho brutalmente. O Pedro não fez nada, estava defendendo o amigo. Esse cara [Allan] partiu para cima dele, deu várias facadas e o Pedro morreu”, relembrou a mãe.
O amigo de Pedro também foi esfaqueado, mas conseguiu se defender. “Ele disse perante ao juiz que Allan segurou a faca com a lâmina para baixo e tentou golpear rosto dele. Os golpes, nas mãos e braços dele, deixam claro a tentativa de defesa”, esclareceu o advogado da família de Pedro, Jefrey Chiquini, à Banda B, em setembro de 2019.
Acusado
Desde então, o autor das facadas, Allan Romero Feijó, de 19 anos, responde em liberdade. Ele ainda não foi julgado.
“Queremos que ele vá a júri popular e seja condenado. Já faz quatro anos e ainda não saiu o julgamento dele. Não foi feito a justiça até agora”, desabafou Andrea.
Defender a Constituição
Em entrevista na época, Allan disse, ao se apresentar na delegacia, que não teve a intenção de matar e que não queria permitir a entrada dos amigos da vítima no ônibus porque tinha que defender a Constituição.
Alegando manter a sua integridade física, Allan disse que defendeu-se das agressões que sofreu por parte de Pedro, que entrou no ônibus para defender os amigos que haviam furado a catraca em uma estação-tubo na Avenida Presidente Affonso Camargo.
Pedro
Andrea disse ainda sobre os futuros do filho que era um exemplo para toda a família. Pedro, segundo a mãe, queria cursar Direito e se preparava desde cedo para a função. Além disso, a mãe relembrou a habilidade do jovem com os estudos e o fato de ser um menino extremamente bom aos amigos, colegas e todos que faziam parte do seu convívio social.
“Ele era maravilhoso, estava no último ano do ensino médio e fazia assistência jurídica porque ele queria estudar para direito. Falava inglês fluentemente, era um menino aplicado, nunca deu problema, nunca fez nada de errado. Estava vindo da escola com a namorada e aconteceu a tragédia. A gente quer justiça“, concluiu Andrea.
Memória
Em memória de Pedro, a família criou uma página na rede social Facebook em que compartilha momentos e mostra o andamento do processo judicial que envolve a morte do jovem de 16 anos, em 2017. Atualmente, a página Pedro Lopes Nunca Será Esquecido #EternoPedrinho conta com mais de 1 mil seguidores.
Fonte: Banda B