O miliciano Luciano Guinâncio Guimarães, filho do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, quer ser transferido do Rio para um presídio na cidade de Alagoas, em Maceió, no Nordeste do país. O pedido foi feito por seu advogado à Vara de Execuções Penais (VEP) do Rio em janeiro deste ano, sob o argumento de que Jerominho alugou uma casa e passou a morar na cidade turística com a família.
Na última semana, o Ministério Público estadual do Rio solicitou que a Justiça de Alagoas seja intimada para que informe se há vagas em seu sistema prisional. Ainda não houve decisão da VEP sobre o pedido de transferência.
Na solicitação de transferência, a defesa de Luciano anexou ainda uma proposta de emprego recebida pelo filho de Jerominho. “O apenado quer criar um novo futuro junto a sua família”, escreveu o advogado na petição.
Luciano cumpre pena em regime semiaberto no Rio desde 2019, mas a VEP não permitiu que ele saísse da cadeia. Os presos desse regime têm direito a deixar a cadeia para trabalhar ou visitar a família, mas os benefícios não são automáticos. Após obter a progressão de regime, é preciso solicitar as saídas.
Em junho do ano passado, o Tribunal de Justiça do Rio também negou pedido para que Luciano ficasse em prisão domiciliar em razão da Covid-19. Em sua decisão negando o pedido, o desembargador Francisco José de Asevedo, da 4ª Câmara Criminal, afirmou que a integridade física de Luciano estava mais resguardada dentro do presídio. O magistrado ainda ressaltou, na decisão, que o filho de Jerominho é considerado de periculosidade altíssima.
Luciano, que está preso desde setembro 2008, foi condenado a 38 anos e um mês de prisão por crimes como homicídio, extorsão e formação de quadrilha. Ele já cumpriu 12 anos e seis meses da pena e foi acusado de fazer parte do maior grupo paramilitar do estado, que era comandado por seu pai. Jerominho foi solto em outubro de 2018, após ter passado 10 anos e quatro meses preso.
Fonte: Fonte: Jornal Extra