‘Meu filho está traumatizado e teme ser atacado novamente’, diz mãe de jovem espancado em bloco de carnaval no Rio

Renato de Araújo Sardinha Filho, de 18 anos, foi espancado na madrugada de quarta-feira, durante o cortejo do Bloco da Geriatria, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Segundo a mãe do jovem, Aline Cristina Bastos, de 43, dois homens são responsáveis pelas agressões. O jovem foi internado no Hospital municipal Rocha Faria, onde segue em avaliação médica, com o lado direito do rosto desconfigurado. De acordo com a direção da unidade, o quadro de Renato é estável. O caso foi registrado na 39ª DP (Campo Grande) como tentativa de homicídio. Dois lutadores de MMA, pai e filho, são aguardados na delegacia nesta manhã para prestar esclarecimentos.

— Meu filho está traumatizado. Ele quer sair do hospital, porque tem medo que voltem e matem ele ou a gente depois da denúncia. Não quer mais ficar sozinho. Se saio de perto dele por cinco minutos, fica me ligando pedindo para eu voltar — conta a consultora de vendas.

A família de Renato foi acionada às 3h por pessoas que estavam no cortejo e presenciaram as agressões ao menino. Segundo Aline, Renato estava acompanhado de dois amigos quando um homem esbarrou nele. Logo em seguida, esse homem teria perguntado ‘quer levar uma porrada na cara?’ e partido para cima do jovem:

— O meu filho estava no bloco com outros dois amigos, quando esses caras, pai e filho, passaram. O Renatinho não é de briga, então, quando o pai fez essa pergunta, meu filho ficou assustado e negou, mas o cara foi pra cima dele e deu uma rasteira. Depois, o filho dele deu um soco por trás do meu filho, que caiu desmaiado. No chão, mesmo sem consciência, eles continuaram batendo nele com socos e pontapés — conta a mãe.

Mãe de Renato, Aline Cristina, afirma que o filho está traumatizado e que tem medo que agressores voltem
Mãe de Renato, Aline Cristina, afirma que o filho está traumatizado e que tem medo que agressores voltem Foto: Arquivo pessoal

Segundo Aline, Renato está com um traumatismo craniano, e é avaliado pelos médicos da unidade. Uma cirurgia foi descartada por um cirugião bucomaxilofacial, mas a família ainda aguarda a opinião de um neurocirugião:

— É uma explosão de preocupação, de medo de perder meu filho, de possíveis represálias, medo de algo comprometer a saúde dele. Quero ver ele curado e esses caras na cadeia — afirma Aline.

— É uma explosão de preocupação, de medo de perder meu filho, de possíveis represálias, medo de algo comprometer a saúde dele. Quero ver ele curado e esses caras na cadeia — afirma Aline.

O EXTRA tenta contato com Paulo Roberto e Luis Alberto, mas até a publicação da reportagem, não teve resposta.

Fonte: Fonte: Jornal Extra