Menina baleada no Rio tem previsão de deixar o CTI nesta segunda-feira, diz mãe da criança

Maria Júlia da Silva Gomes, de 1 ano e 8 meses, deve deixar o Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital municipal Miguel Couto, no Leblon, e ir para a enfermaria da unidade ainda nesta segunda-feira, de acordo com Amanda Carolina Gomes, de 29 anos, mãe da menina. Ela está internada desde a última sexta-feira após ser baleada dentro de casa, na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, Zona Sul do Rio. A criança precisou passar por cirurgia após ser ferida na perna direita, na altura do joelho, e na coxa esquerda. Amanda Carolina conta que o quadro da filha tem evoluído bem nos últimos dias.

— Agora pela manhã passaram o médico vascular e o ortopedista, e graças a Deus está bem. As veias já estão funcionando normalmente. Ontem, duas de três não estavam. Vamos sair do CTI para a enfermaria hoje ainda. Ela está fazendo medicação anticoagulante, o que é necessário internação ainda, segundo o médico — conta a mãe de Maria Júlia.

Em nota, a direção da unidade, através da Secretaria Municipal de Saúde, informa que o quadro da menina é estável.

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No dia em que Maria Júlia foi ferida, o pai dela Júlio Cesar Pereira Gomes, de 30 anos, contou que a filha dormia ao lado dele e da mãe quando foi baleada. Segundo ele, a bala atravessou a janela do quarto, entrou pela perna direita, altura do joelho, se alojou na coxa esquerda, rompeu uma artéria e atingiu o fêmur. Maria Júlia passou por uma cirurgia no hospital ainda na sexta-feira. O projétil foi retirado e foi necessário fazer uma ponte de safena. O quadro de saúde da menina tem evoluído bem desde então.

— Ainda não há previsão de alta. O médico disse que não pode dar uma data aproximada ainda. No caso do fêmur, o ortopedista fala que foi uma fratura bem leve. A pior situação foi no vascular, com o rompimento da artéria femoral — diz Amanda Carolina.

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Maria Júlia é a caçula dos quatro filhos do casal. Os pais tem se revezado nos cuidados com ela e os irmãos, que seguem na casa da família. O dia a dia no hospital, conta Amanda Carolina, tem sido tranquilo, “dentro do possível”. É ela quem tem passado a noite na unidade.

— Quando chega perto alguém de jaleco, ela começa a chorar. Assim também é com medicação. Quando chega perto, reclama. Na primeira noite e hoje dormiu bem. Na segunda deu uma reclamada — conta a mãe de Maria Júlia. — A maior parte do tempo eu estou aqui. Ela ainda mama no peito, está muito agarrada. Meu marido vem para eu poder ir em casa, ver as crianças, que também sentem a minha falta, tomar um bom banho. Mas é ele quem está cuidando das crianças, colocando para o colégio, fazendo comida. Minha mãe quando consegue me dá um apoio.

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A família segue no mesmo endereço, na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, onde moram há pouco menos de quatro anos. Amanda Carolina conta que, loga após a filha ser baleada, as outras crianças, que dormiam em um outro quarto do apartamento, ficaram muito assustadas:

— Na primeira noite elas quiserem sair do quarto. Tiraram o colchão da cama e colocaram na sala. O apartamento nunca tinha sido atingido. Normalmente, ali onde moramos é uma parte mais tranquila. Dessa vez, infelizmente, aconteceu.

A família não tem planos, no momento de se mudar.

Fonte: Fonte: Jornal Extra