Mãe pede justiça após perder filho linchado na RMC: “Foi defender um amigo”


Sirlene Aparecida de Oliveira, mãe do jovem Gabriel Oliveira da Silva, pede justiça. Ela conversou com a Banda B nesta quarta-feira (19) e falou sobre a morte do filho, vítima de um linchamento na madrugada do dia 8 de maio, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Além de esperar a responsabilização dos envolvidos, a mãe comentou sobre o luto que vive junto com os familiares há quase duas semanas.

Gabriel Oliveira da Silva. Foto: Colaboração/Arquivo Pessoal

No dia da morte, a mãe conta que Gabriel saiu de casa para encontrar um primo e dois amigos na Praça da Bíblia, na rua Nossa Senhora dos Remédios. Segundo Sirlene, em determinado momento do encontro, um grupo de oito pessoas chegou e começou a agredir um dos amigos da vítima. O jovem tentou ajudar, mas acabou virando o “alvo” do grupo.

“Ele estava voltando de uma distribuidora porque foi comprar um cigarro. Quando chegou, o Gabriel foi perguntar ao pessoal deste grupo, o porquê da agressões ao amigo. Foi quando ele começou a receber as agressões e o amigo fugiu. O Gabriel foi morto a socos, chutes e pauladas”, revelou a mãe. “A encrenca era do outro e acho que estava ligada a alguma dívida”, completou.

Sirlene trabalha como auxiliar de produção e falou que recebeu a notícia ainda naquela madrugada, quando chegou em casa após o expediente. Gabriel trabalhava como ajudante de pedreiro, morava com os pais e tinha dois irmãos.

“Eu chego por volta da 01 hora da manhã em casa. Naquele dia, eu mandei mensagem para ele e o perguntei que horas voltaria para casa. Ele me respondeu e falou que estava com os amigos. Foi por volta das 03 horas que minha prima tocou a campainha e me falou o que aconteceu. Eu não acreditei quando soube porque meu filho não fazia mal a ninguém”, relembrou.

Justiça

Sirlene guarda mágoa dos amigos que Gabriel tentou defender. Ela pontuou que dois dos suspeitos já foram presos pela polícia. No entanto, pede mais justamente porque teriam mais envolvidos nas agressões. Enquanto as investigações não avançam, a família convive com o luto e espera por justiça.

“Meu filho pagou no lugar do amigo. Nossa família que justiça. Já fizemos protestos e sabemos que a polícia tem o nome e o endereço dos envolvidos. Mas ninguém faz nada. Eles mataram meu filho e saíram rindo pelas costas dele. O Gabriel nunca fez mal e sempre ajudava como podia. Sempre nos respeitou e era um menino muito bom”, lamentou.

Polícia Civil

A Banda B procurou a Polícia Civil e aguarda uma resposta sobre o andamento das investigações do caso.





Fonte: Banda B