Kathlen Romeu é homenageada por familiares no Complexo do Lins um mês após morte


Familiares de Kathlen Romeu, jovem grávida morta no Complexo do Lins, na Zona Norte, no dia 8 de junho, se reuniram com lideranças religiosas e de movimentos sociais para homenageá-la em um ato que marca um mês da morte da designer de interiores. Na manhã deste sábado, a família de Kathlen, que tinha 24 anos, compareceu a um evento na comunidade onde a jovem foi criada e pediu por Justiça.

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— Estamos aqui no Lins em mais um ato político e cultural, que simboliza um mês da morte da Kath. Estamos aqui para mostrar que a nossa luta não acabou. Vamos homenagear a Kath e reivindicar, mais uma vez, justiça e que os culpados sejam punidos. E esse é só o começo. A gente pretende fazer mais manifestos para honrar o nome da Kath e tentar, de alguma forma, melhorar a vida dos jovens que moram nas favelas do Rio de Janeiro — declarou Marcello Ramos, namorado de Kathlen.

Kathlen estava grávida de quatro meses
Kathlen estava grávida de quatro meses Foto: Instagram / Reprodução

O pastor Kleber Lucas, da Igreja Batista Soul, também falou sobre o ato pela jovem:

— Este ato está carregado de afeto e solidaridade para a família da Kathlen. É perceptível que este momento é muito forte para eles e, por isso, precisamos mostrar nossa solidariedade. Este ato também é para denunciar o genocídio negro. Casos com o da Kathlen não podem ser desconsiderados, apesar da sociedade estar calada. Estamos aqui para marcar esse movimeto.

Tia de Kathlen, Samantha de Oliveira Lopes segue pedindo que os culpados pela morte da sobrinha sejam punidos.

Familiares de Kathlen se reuniram em ato no Lins
Familiares de Kathlen se reuniram em ato no Lins Foto: Divulgação

— Estamos muito revoltados com tudo que aconteceu. Estamos em choque ainda. Eu peço Justiça. peço que façam algo pela favela. Isso aconteceu com a minha sobrinha e daqui pra frente a gente vai lutar por Justiça — reforçou ela.

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O ato por Kathlen contou ainda com as presenças do Padre Gegê, do Prof. Dr. Babalawô Ivanir dos Santos, da suma-sacerdotisa wiccana Jussara Gabriel e Rossino Castro, presidente da FAFERJ.



Fonte: Fonte: Jornal Extra