Após uma sessão de julgamento que se prolongou por quatro dias, o Tribunal do Júri de Peabiru, no Centro-Ocidental do estado, condenou cinco pessoas envolvidas no homicídio de um homem executado em 18 de novembro de 2017. A vítima foi morta com 15 tiros disparados por dois irmãos – um deles teria adquirido uma dívida de R$ 3 mil com o mandante do crime num período em que esteve preso em Campo Mourão e foi o executor como forma de ficar quites com seu credor.

Reprodução EBC

Conforme apurado durante as investigações, o homicídio teria sido planejado pela ex-esposa da vítima, desejosa de vingar-se pelo fim do relacionamento. Ela teria pedido ajuda de seu irmão, preso na ocasião em Campo Mourão e ligado ao crime organizado na região. Os executores, que contaram com a ajuda de outras duas pessoas, teriam sido cooptados pelo irmão da ex-mulher da vítima, aceitando cometer o crime como forma de quitação de dívida adquirida com o mandante em troca de drogas.

Os dois executores, presos preventivamente, firmaram acordo de delação, relatando os detalhes do crime. A ex-esposa do homem assassinado, que também estava presa, suicidou-se na prisão.

Os delatores foram condenados a 20 anos e a 15 anos e 10 meses de prisão (após a redução das penas por conta do acordo de delação). O mandante do crime recebeu pena de 30 anos de prisão, enquanto os outros dois partícipes (que prestaram auxílio aos executores) foram condenados a 14 anos e 3 meses e 15 anos e 10 meses de prisão.