Integrante da ‘Gangue da Xuxa’ é presa por furto cerca de 10 dias após deixar prisão pelo mesmo crime


Cerca de 10 dias depois de ter deixado a prisão, uma mulher de 23 anos, que seria integrante da ‘Gangue da Xuxa’, foi presa novamente. A suspeita, que respondeu pelo crime de furto qualificado, acabou presa por causa do mesmo crime, na tarde desta quarta-feira (4),

A mulher foi identificada através do reconhecimento feito por vítimas e por meio de imagens do circuito de monitoramento de onde praticava os crimes. “Duas mulheres foram identificadas e apenas uma foi localizada. As demais permanecem foragidas”, disse o delegado Thiago Dantas, da Delegacia de Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba.

Mulheres são flagradas praticando a ação criminosa. Foto: Reprodução.

A captura ocorre após a Justiça ter decretado prisão preventiva contra a suspeita. “Ela tem antecedentes criminais por furto qualificado, o mesmo crime que continuava a exercer. Inclusive, ela acabou de deixar a prisão há 8 ou 10 dias, e voltou a cometer o crime”, afirmou Dantas.

Atuação

A ‘Gangue da Xuxa’, como é conhecida a associação criminosa em Curitiba e região metropolitana, atua em diversas localidades. O crime, normalmente, ocorre sempre da mesma forma: enquanto uma tenta prender a atenção de vendedores, as comparsas furtam o máximo de objetos que conseguem, e fogem.

A ação geralmente é realizada em comércios voltados ao ramo de cosméticos, farmácias e outros estabelecimentos do tipo.

 

 

“Em um mesmo dia, elas praticaram o crime contra três estabelecimentos de Almirante Tamandaré”, disse o delegado à Banda B. Pelo menos três vítimas da quadrilha já foram ouvidas pela Polícia Civil, que reconheceram algumas autoras dos furtos. No entanto, outras participantes devem ser identificadas ao longo das investigações.

Prisões

Em junho deste ano, a Banda B noticiou a prisão de possíveis integrantes da quadrilha. À época, duas mulheres, de 24 e 48 anos, foram detidas pela Guarda Municipal (GM) após furtarem diversos produtos de uma farmácia no Centro de Curitiba.

Durante entrevista à reportagem, no dia do crime e da prisão, o agente Dambroski explicou como aconteceu: “Elas tentaram fugir quando avistaram a equipe, mas acabamos conseguindo deter elas. Roubaram bastante coisa e, segundo o gerente da farmácia, os produtos recuperados foram avaliados em mil reais”.

Almirante Tamandaré

Pouco mais de um mês depois da prisão das duas mulheres envolvidas no  furto contra a farmácia no Centro de Curitiba, uma loja de cosméticos foi mais um alvo da ação da gangue. No dia 31 de julho, duas mulheres furtaram vários produtos do estabelecimento, e a proprietária relatou à Banda B como tudo aconteceu.

Foto: Reprodução

“Primeiro, chegou uma cliente, e ela foi até o caixa com uma criança. Ela tentou passar uns três ou quatro cartões, mas nenhum deu certo. A minha filha estava atendendo. Enquanto isso, as outras fizeram a limpa na loja”, explicou na época.

O prejuízo calculado pela dona da loja beirou os R$ 800,00. A Banda B reportou este caso no dia 3 de agosto deste ano.

Um dia após a reportagem ir ao ar, a associação criminosa foi manchete de notícia mais uma vez. Agora, o crime ocorreu contra uma loja de roupas – também em Almirante Tamandaré.

Foto: Reprodução

Vídeos do circuito de monitoramento foram enviados à redação, que mostraram como elas agiram. Segundo o proprietário do comércio, o crime ocorreu no dia 30 de julho, um dia antes do furto contra a loja de cosméticos. Pelo menos quatro mulheres teriam participado do furto.

“Uma senhora, duas de meia idade e uma criança de aproximadamente 12 anos. Como elas estavam em quatro, uma encobria a outra. Uma ficava na frente, enquanto a que estava atrás fazia a ação. Não dava para perceber. Mas, quando vamos olhar nas câmeras, é possível ver como elas são rápidas”, explicou à Banda B naquele mês.

O comerciante lamentou o ocorrido e explicou que a loja havia permanecido fechada por 15 dias por conta do decreto em vigência sobre a Covid-19.

Investigação

O delegado Thiago Dantas, que investiga a ‘Gangue da Xuxa’ orienta que, caso alguém tenha sido uma das vítimas das criminosas, ligue para a Delegacia de Almirante Tamandaré através do telefone 3874-5100 ou pelo 181. O sigilo é mantido e pode ajudar a polícia a chegar a todos os integrantes da quadrilha.



Fonte: Banda B