Um homem, suspeito de ser integrante de uma quadrilha de estelionatários que se passavam por funcionários de banco para aplicar golpes em idosos, foi preso após se envolver em um acidente e a polícia desconfiar de seu documento de identificação. A prisão aconteceu na tarde desta sexta-feira (25), em Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba.
O acidente em que o suspeito se envolveu aconteceu na BR-116, próximo à divisa do Paraná com o Estado de São Paulo. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) esteve no local para atender a ocorrência e agentes acabaram suspeitando do condutor do veículo, de 35 anos.
Em uma revista, a PRF encontrou uma Carteira de Habilitação (CNH) com indícios de falsificação, pelo menos 10 máquinas de débito e crédito e vários cartões de banco, a maioria deles da Caixa Econômica Federal. Ainda, R$ 4 mil em espécie também foi apreendido.
Entre os cartões, os agentes acabaram encontrando cartas com textos manuscritos, os quais apontam como se aplicavam os golpes contra as vítimas.
Golpe
O crime, inicialmente, acontecia através de uma ligação. Os estelionatários, que se passavam por funcionários de banco, telefonavam para o alvo e diziam que seu cartão havia sido clonado. Além disso, conforme relatos da filha de uma das vítimas, passavam falsas informações sobre endereços dos locais onde haviam sido realizadas as compras e o valor.
“Meu pai, que é um senhor de idade, estava em casa quando recebeu a ligação de uma mulher que se identificou como funcionária do Banco do Brasil. Ela deu informações da conta, disse que o cartão tinha sido clonado, e que estava sendo usando em Londrina e Maringá”, afirmou a mulher.
Ainda, a quadrilha pedia que a vítima escrevesse uma carta manuscrita com alguns dados solicitando o cancelamento das supostas compras.
“Na hora, meu pai se apavorou e escreveu a carta como ela havia pedido. Em seguida, disse que um funcionário do Banco do Brasil iria lá em casa pegar a carta e o cartão. Inclusive pediu para que ele colocasse o cartão e a carta em um envelope”, disse a testemunha.
Os criminosos, ao pegarem a carta e o cartão diretamente com a vítima, afirmaram que cancelariam o cartão. Caso contrário, o idoso teria que pagar todas os gastos realizadas até então.
Prisão
A PRF registrou a ocorrência na Delegacia da Polícia Civil em Campina Grande do Sul. O crime de estelionato prevê pena de um a cinco anos de prisão. A pena pode dobrar nos casos envolvendo vítimas idosas.
Fonte: Banda B