Uma jovem de 18 anos denunciou ter sido vítima de estupro na comunidade Rio das Pedras, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Ela estaria em casa junto ao irmão mais novo, de 9 anos, quando um homem armado invadiu o imóvel em busca de objetos de valor e a violentou. Segundo a vítima, ela também foi algemada e vendada. O caso foi registrado na 16ª DP (Barra da Tijuca) e, posteriormente, encaminhado a 32ª DP (Taquara).
O crime aconteceu na tarde do último dia 17. Segundo a jovem, por volta de 12h30, um homem vestido de preto e com máscara facial tocou a sua campainha e perguntou se tinha “alguém em casa”. Como seu pai é conhecido na região pelo seu negócio de lava-jatos, a vítima imaginou que ele se referisse a isso e negou. O homem, então, teria sacado a arma, apontado para jovem, a algemado e revirado a residência da família em busca de objetos de valor.
À polícia, a jovem relatou que, em meio às buscas pela casa, o homem encontrou seu irmão em um dos quartos, que ficou nervoso ao observar que o homem estava armado. O criminoso, então, se voltou para a jovem e perguntou se ela “faria de tudo pelo irmão”, depois, a violentou.
— Ele já tinha me algemado. Essa algema era fina, como se fosse de brinquedo. Quando pedi para não machucar o meu irmão e disse que faria de tudo por ele, o homem me vendou e abusou de mim — contou a vítima ao EXTRA. — Não consigo mais deixar meu namorado me tocar e também não gosto de toque físico com nenhum outro homem, seja ele meu pai ou irmão. Hoje, ando na rua e tenho falta de ar, desconfio de todos e acho que todos podem ser ele.
A criança de 9 anos, que estava no imóvel no momento do crime, presenciou toda a movimentação do criminoso. A jovem conta que a única parte que conseguiu preservar o irmão foi o abuso sexual.
— Naquele momento, eu tinha que fica calma pelo meu irmão, para ele não se desesperar mais e chorar. Meu medo era que aquele homem fizesse algo para ele ficar quieto. Quando o homem foi embora da minha casa e eu consegui pular meu irmão pela janela, para que chamasse meu pai, chorei muito. Meu irmão presenciou tudo, a única coisa que consegui preservá-lo de ver foi o abuso — lamenta a vítima.
Segundo a adolescente, como o homem usava máscara e um capuz do casaco, não sabe identificá-lo. Ela e sua família, no entanto, alegam que um homem com as mesmas vestimentas já foi flagrado por câmeras de segurança de comércios da região em dois momentos após o crime.
No mesmo dia, a jovem chegou a ir ao Hospital municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, onde foi atendida e medicada.
Em nota, a Polícia Civil diz que “o caso foi registrado na 16ª DP (Barra da Tijuca) e encaminhado para a 32ª DP (Taquara), que prosseguirá com as investigações para identificar e prender o autor”.
Fonte: Fonte: Jornal Extra