Guerra entre facções deixa três mortos e quatro feridos no Complexo da Penha


Uma guerra entre facções criminosas deixou ao menos três mortos e quatro feridos, na noite desta sexta-feira, no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio. Segundo relatos de moradores nas redes sociais, o tiroteio entre bandidos do Complexo da Penha e da Cidade Alta, em Cordovil, aconteceu por volta das 21h30, na Rua Maragogi. O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

O traficante Alan Ferreira Montenegro, conhecido como Da Lua, de 39 anos, está entre as vítimas fatais. Ele era acusado de ser gerente do tráfico nos morros da Fé e Sereno, no Complexo da Penha. No Portal dos Procurados, informações sobre o paradeiro do criminoso podiam render uma recompensa de R$ 1 mil.

Além dele, Pedro Henrique Lima Soares e Rafael da Conceição Gomes também morreram. Os corpos dos três foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML), no Centro. Pedro tem uma condenação por tráfico de drogas. Em 2015, segundo informações do processo, ele foi flagrado por policiais militares com drogas na Rua Maragogi, no Complexo da Penha, a mesma onde ocorreu o ataque dessa sexta-feira. Já Rafael não tem passagem pela polícia.

Da Lua foi um dos mortos em guerra no Complexo da Penha
Da Lua foi um dos mortos em guerra no Complexo da Penha Foto: Reprodução/Portal dos Procurados

De acordo com informações da assessoria de imprensa da PM, as vítimas do tiroteio foram encaminhadas para o Hospital Estadual Getúlio Vargas. Já segundo a secretaria estadual de Saúde, Marta da Silva Barbosa está internada na unidade e seu estado de saúde é estável. Também estão no hospital Alexandre Mendes Barbosa e Fernando da Silva Santiago, ambos em estado grave. Já a sétima vítima, Gabriel Sebastião da Silva, foi transferido para o Hospital Souza Aguiar, no Centro. Seu estado de saúde não foi informado. Não há informações se mais vítimas do confronto deram entrada em outras unidades de saúde.

Policiais militares estiveram no local da ocorrência e o policiamento foi reforçado nos acessos à comuidade. Segundo fontes da Polícia Civil, o ataque no Complexo da Penha foi uma retaliação a um episódio ocorrido na semana passada em Parada de Lucas, comunidade vizinha à Cidade Alta e dominada pela mesma facção criminosa.

Na ocasião, criminosos da Penha atacaram traficantes rivais e deixaram dois baleados, um deles Moises Severino da Silva, conhecido como Dino. Ele é integrante da quadrilha de Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, que é chefe do tráfico na Cidade Alta e Parada de Lucas.

A guerra entre criminosos da Penha e os da Cidade Alta e Parada de Lucas é antiga. Há três anos, a quadrilha de Peixão conseguiu assumir o controle do tráfico de drogas a Cidade Alta, que era dominada pela maior facção criminosa do Rio. Desde então, as tentativas de retomada da comunidade são frequentes e contam principalmente com criminosos dos complexos do Alemão e da Penha, que são da maior quadrilha do estado.

Em meio à disputa, no ano passado, Dino fngiu ter mudado de quadrilha e se infiltrou no grupo rival no intuito de conseguir informações sobre possíveis ataques que estavam sendo planejados.

De acordo com a Polícia Civil, as investigações sobre o ataque no Complexo da Penha, na noite dessa sexta, estão em andamento e diligências seguem em busca de informações que ajudem a identificar os autores do crime.



Fonte: Fonte: Jornal Extra