Adriano Prestes Calixto foi preso nesta quinta-feira (25) depois de ser reconhecido por um policial em uma panificadora, no bairro Água Verde, em Curitiba. O homem, acusado de duplo homicídio ocorrido em janeiro de 2000, é considerado foragido da Justiça desde julho de 2020, quando foi condenado.
O delegado Marcelo Magalhães, da Delegacia de Furtos e Roubos (DFV), afirmou à Banda B que Calixto estava em uma mesa próxima a do investigador quando foi reconhecido.

“Ele estava sentado a poucos metros do policial, que aguardou o Adriano sair do estabelecimento e ir até o estacionamento para abordá-lo”, descreveu o delegado.
Magalhães contou ainda que o acusado tentou se passar pelo irmão durante a abordagem. “Ele disse que seu nome seria outro e usou o nome do irmão, mas o investigador chamou reforços e, na sequência, Adriano admitiu que era foragido [da Justiça] por um crime cometido há mais de 20 anos”, concluiu.
O caso
Rafael Wistuba de Oliveira, de 17 anos, e Juliano José Machado, de 19, foram mortos no dia 15 de janeiro de 2000 durante uma festa no bairro Capão Raso, em Curitiba. O assassino, Adriano Prestes Calixto, é considerado foragido da Justiça desde o dia 27 de julho de 2020.
Testemunhas relataram ao Tribunal do Júri que Calixto, aos 22 anos, discutiu com uma das vítimas – Juliano – em uma festa de aniversário. Após a discussão, Adriano teria atirado na perna do jovem. Contudo, a vítima teria saído em direção à frente da casa no momento em que Rafael chegou ao local.

“O Rafael chegou, viu a confusão e derrubou a bicicleta. O Adriano, que estava saindo, se assustou, virou e atirou contra o meu filho. Daí o amigo do meu filho, o Juliano, gritou dizendo o que ele tinha feito. Em seguida, o Adriano atirou e também o matou”, contou o pai do jovem, segundo relato nos autos do processo.
Justiça
Depois de 20 anos do crime, o acusado foi condenado a 11 anos de prisão em regime fechado por duplo homicídio. A demora na conclusão do processo se explica pela atitude da defesa de Adriano de ter recorrido em todas as instâncias da Justiça.
A decisão final ocorreu em julho do ano passado, quando houve a confirmação da condenação através do Superior Tribunal da Justiça (STJ).
Outro lado
A Banda B tentou contato com a defesa do condenado, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.
Fonte: Banda B